Automóveis Titulo Economia
Para poupar nossa valiosa água

Empresas apresentam opções sustentáveis para lavar o carro e colaboram com visão ecológica

Por Oscar Brandtneris
Especial para o Diário
04/09/2015 | 07:04
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Oscar Brandtneris/DGABC


Os reservatórios de água em São Paulo estão à beira de um colapso. E como é de conhecimento geral, a situação não apresentará melhora a curto prazo. Sendo assim, é imprescindível que todos tenham consciência e economizem. Por isso, mais uma vez resolvemos bater nessa tecla: a importância da lavagem a seco.

Em média, nos procedimentos tradicionais (aqueles, com mangueira, balde e sabão) são gastos 400 litros de água. Para se ter ideia, o sócio-diretor da Freewet – empresa que realiza lavagem a seco em domicílio em automóveis –, Marcos Soares, afirma que, com a lavagem a seco, é possível economizar 23,6 milhões de litros em apenas um trimestre. “Este cálculo leva em consideração cinco lavagens por dia. Só na Capital, conseguimos poupar o uso de 880 mil litros em apenas um mês.”

Vale lembrar que os produtos utilizados para lavar o carro (limpa-vidros, rodas e lataria) são biodegradáveis, ou seja, não atingem o meio ambiente de forma negativa. E a empresa fabrica os próprios produtos, o que dá ainda a possibilidade de baratear os custos e, consequentemente, oferecer franquia mais acessível para quem almeja começar um negócio, mas não dispõe de grande quantia para investir.

“Com R$ 3.900, qualquer pessoa consegue montar um estabelecimento móvel que cabe em uma maleta. Minha intenção não é ganhar dinheiro com as franquias e, sim, crescer com o investimento mútuo (dos franqueados), sobretudo fazendo que as pessoas percebam o quanto é vantajoso usar o serviço”, comenta Soares.

NA REGIÃO
Aguido Borges é um dos que se franquearam para trabalhar com a marca. Atendendo principalmente em Santo André, mas com disponibilidade para trabalhar em qualquer outra das seis cidades da região, ele comenta que achou a ideia sustentável interessante e o que mais chamou a atenção foi o preço da adesão.

“Procurava uma atividade a fim de conseguir renda extra para projetos pessoais e, se fizer as contas, em um mês e meio já consegui o retorno do meu investimento”, detalha Borges, que também é pastor de uma igreja evangélica.

O valor de uma lavagem tradicional – com limpeza de toda parte externa incluindo as caixas de rodas e também higienização de painel e portas – custa, em média, R$ 30. Dependendo da distância (de onde o cliente estiver) e do tamanho do veículo, o preço pode chegar a R$ 50.

FAÇA VOCÊ MESMO
Caso você prefira fazer o procedimento sozinho (e gastar menos grana) separamos algumas dicas. A primeira delas vem da Luxcar, que desenvolveu um produto para lavar a caranga sem usar uma gota de água sequer. Trata-se do Lava Seco Spray, que promete ser alternativa interessante principalmente para quem mora em prédios e condomínios, pois sua consistência forma uma espécie de espuma, ajudando a não escorrer ou respingar no chão.

Para lavar o carro sem água é simples: basta buscar uma flanela limpa na lavanderia, aplicar o produto diretamente na superfície do carro e, na sequência, tirar o excesso – esfregando sem fazer muita força. A unidade custa R$ 19,90 e rende até quatro lavagens.

Já o Autoprotection Titanium vai além da lavagem a seco, pois trata-se de cristalização ecológica. O cliente pode comprar o produto por meio de consultores ou em lojas físicas. São três no Grande ABC.

Sustentabilidade será priorizada em novo centro automotivo
Seguindo a onda de sustentabilidade, o Grande ABC vai ganhar (no dia 12) um centro automotivo. O Qualicenter Auto promete ter viés ecológico em seus serviços. Todos os equipamentos da empresa e suas instalações foram projetados para serem ecologicamente corretos. Segundo o proprietário Mário Sérgio Guedes Junior, resíduos químicos e água serão reutilizados ou encaminhados para empresas especializadas em reciclagem, como no caso do óleo lubrificante, por exemplo.
“Gastamos apenas 600 milímetros de água em cada lavagem (a seco) e a água dos radiadores será sempre reciclada, e não substituída. Os reparos no ar-condicionado também funcionarão com a reciclagem do gás refrigerador, evitando que ele seja emitido na atmosfera.”




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