A notícia da morte do subtenente foi divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O governo informou que Tomasi prestou serviços para o Exército nos últimos 26 anos, inclusive participando de uma missão de paz no Kosovo, ex-república iugoslava.
Em nota oficial, Lula manifestou "ao povo brasileiro sua dor pela morte" do segurança e se solidarizou com a família do subtenente. A nota diz ainda que o "episódio reforça a decisão deste governo em dar combate à violência, seja em suas raízes estruturais, seja em sua manifestação cotidiana que leva a intranqüilidade a todos os cidadãos brasileiros".
Tomasi trabalhava como segurança de autoridades há três anos. Ele será enterrado na sexta-feira em Santa Maria (RS) e o governo será representado na cerimônia pelo Ministro das Cidades, Olívio Dutra.
A família do militar autorizou a doação das córneas. O médico da Presidência da República, Cléber de Araújo Leal Ferreira, informou que ele já havia manifestado em vida o desejo de doar os órgãos. Como a morte cerebral ocorreu à 1h desta quinta, não houve tempo para que outros órgãos pudessem ser doados.
O outro segurança que estava fazendo a escolta do filho de Lula, o cabo do Exército Nivaldo Ferreira dos Santos, 29 anos, levou um tiro na mão esquerda e dois tiros na região do abdome e permanece internado no Hospital do Exército, com ferimentos leves.
O crime - O subtenente e o cabo aguardavam Sandro Luiz em frente à casa da namorada do rapaz, no bairro de Utinga, em Santo André, quando foram abordados por dois homens armados, por volta das 20h30 de quarta-feira. Ao reagirem ao assalto, Tomasi e Santos foram baleados. O carro usado na escolta, um Astra verde alugado pela Presidência da República, foi levado pelos assaltantes e abandonado instantes depois, ainda em Utinga.
Nesta quinta-feira, dois suspeitos foram presos na favela do Heliópolis, na zona Sul de São Paulo, e o cabo Santos chegou a apontá-los como os autores do crime, mas à tarde voltou atrás e não os reconheceu como os responsáveis. Segundo retrato falado feito por testemunhas, um dos acusados tem cerca de 27 anos, 1,80 metro de altura, olhos castanhos e cor parda. Ele usava cavanhaque, assim como seu comparsa.
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