Quando Charles Chibana saiu derrubando todo mundo por ippon para ser quinto colocado na edição 2013 do Mundial de Judô, no Rio de Janeiro, ele logo foi apontado como a principal revelação do judô brasileiro neste ciclo olímpico. Mas, dois anos depois, o paulista de 25 anos ainda não confirmou tal status. Nesta terça-feira, foi eliminado na estreia no Mundial de Astana, Casaquistão, na categoria até 66kg. Erika Miranda, por sua vez, está na semifinal entre as mulheres.
Chibana apareceu numa categoria que tinha como titular Leandro Cunha até os Jogos de Londres. Entre março de 2013 e julho de 2014, foi ao pódio de quase todos os eventos que disputou - só ficou sem medalha no Mundial. Agressivo, justificou a frustração pela vontade de vencer, que às vezes fazia ele abrir a guarda para o golpe do rival.
Desde então, entretanto, acumulou resultados ruins. Caiu na terceira luta do Mundial de 2014, na estreia do Grand Slam de Tóquio (Japão), na repescagem do Grand Prix de Samsun (Turquia) e na estreia do Campeonato Pan-Americano. Só foi bem nos Jogos Pan-Americanos, faturando o ouro.
No Mundial, deu azar no sorteio. Entraria no caminho do tricampeão mundial Masashi Ebinuma logo na segunda rodada. Mas o brasileiro sequer foi tão longe. Perdeu na primeira luta, imobilizado após 4 minutos pelo chinês Duanbin Ma, número 26 do ranking mundial - Chibana é o 14.º.
Nada indica, entretanto, que Chibana tenha qualquer possibilidade de ficar fora dos Jogos Olímpicos. O Brasil tem um convite por categoria e, na dele, o único concorrente é Luiz Revite. O santista, entretanto, é só o 70.º do mundo.
ERIKA NA SEMI - Se Charles Chibana decepcionou, Erika Miranda foi bem mais uma vez. A brasileira da categoria até 52kg chegou à briga pela medalha pela terceira edição seguida de Mundiais. Na sessão matinal/vespertina desta terça-feira, ganhou da armênia Zhanna Stankevich, da casaque Lenariya Mingazova e da bielo-russa Darya Skrypnik, todas por ippon, lutando por menos de cinco minutos. Na semifinal, pega a japonesa Misato Nakamura.
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