Política Titulo Negociações
PV avança por aliança com Grana e tenta emplacar vice

Tratativa está bem encaminhada para acordo; Paço vai abrir diretoria e negociar futura Pasta

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/08/2015 | 07:21
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Denis Maciel/DGABC:


Com o afunilamento das candidaturas à Prefeitura de Santo André, o PV sinaliza avanço por composição com o projeto de reeleição do prefeito Carlos Grana (PT), mas coloca o interesse em entrar no debate pela indicação do vice na chapa como uma das condições para sacramentar o acordo. Para o dirigente da executiva local, Eric Lamarca, o “Paço abrindo essa possibilidade daria passo a mais para o acerto”. “Sabemos que dificilmente o governo acenaria o vice para algum partido neste momento, até porque criaria problema com a atual vice (Oswana Fameli, PRP), porém sinalizar essa chance de discussão iria ao encontro da resolução da estadual.”

O novo coordenador regional da sigla, Paulo Bio, já mencionou intenção em lançar voo solo em território andreense em 2016, só que Eric admitiu que o “PV está com dificuldade” para emplacar candidatura própria – o vereador Donizeti Pereira é o único representante da legenda na Câmara. Diante deste cenário, a cúpula verde tem estreitado relações com o PT. Até agora, foram três reuniões. “É a conversa mais concreta. Tem desenho. Há proposta de participação no governo, abrir espaço, e opinar, embora tarde, ainda neste último ano de administração.”

Articulador do Paço, o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), falou que “faltam apenas alguns detalhes” para fechar essa parceria. “O acordo é a curto, médio e longo prazos, até pós-eleição.” Por outro lado, sobre a abertura de vice, o petista frisou que esse ponto “nunca foi colocado na mesa de negociações”.

O núcleo de articulação política do PT ofereceu uma diretoria para o PV e abrir diálogo por futura indicação em secretaria num eventual segundo mandato. A contraproposta petista é que os verdes façam parte da base governista. Atualmente, Donizeti adota postura independente. O parlamentar alegou que “seria importante aguardar um pouco mais” para concretizar o rumo para a eleição. “Momento é de dialogar. Não é hora de bater o martelo”, disse, ao acrescentar que sente dificuldade em compor a sustentação. “Sou partidário, respeito as instâncias, mas se eu não tiver liberdade (na Casa), o partido pode ter problema comigo.”

O PV pretende sacramentar a caminho para o pleito até o fim deste mês. No último páreo municipal, a agremiação estava na coligação do prefeiturável Nilson Bonome (PMDB). Em julho, o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) manteve conversas com a sigla e projetou, inclusive, a chance de migrar para a legenda, entretanto, o diálogo não prosperou.




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