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De 'férias' no Brasil, Massa não se anima em ajudar a pagar dívida do São Paulo
06/08/2015 | 06:30
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Divulgação


A 13.ª temporada de Felipe Massa na Fórmula 1 já passou da metade e a parada do calendário durante o verão europeu abriu brecha para o piloto da Williams vir ao Brasil, onde fica até este domingo, e fazer reflexões sobre o momento da categoria, que ainda está abalada pela morte recente do francês Jules Bianchi. Massa concedeu entrevista exclusiva durante evento da Samsung e falou sobre os planos para 2016, GP do Brasil e até do seu time, o São Paulo.

Agência Estado - Em entrevista recente, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, citou o seu nome como um dos torcedores ilustres que devem ser convidados a participar de um fundo de investimento para ajudar a solucionar a dívida do clube. Você estaria interessado nesse projeto?

Felipe Massa - O meu interesse, sem dúvida, é primeiramente ajudar quem realmente precisa, como casas beneficentes em geral. Depois disso, é preciso conversar direito. As coisas têm de ser feitas da maneira correta e não apenas usar o nome de outras pessoas para tentar salvar uma dívida que um clube tem. Então, é melhor pensar direito sobre isso.

AE - A morte do Jules Bianchi fez os pilotos ficarem mais unidos e engajados na Fórmula 1?

Felipe Massa - Os pilotos depois de um momento como esse acabam ficando mais próximos, têm uma união maior. Todos bateram muito nesse ponto do que aconteceu no GP do Japão do ano passado, quando houve o acidente, e sem dúvida muitas coisas mudaram depois daquilo. Então teve uma força dos pilotos também para superarmos essa tristeza.

AE - Vocês passaram a conversar mais sobre segurança?

Felipe Massa - Primeiro de tudo, foi um momento muito triste para o esporte em geral por causa do que aconteceu com o Jules Bianchi no Japão. Não foi uma batida normal, foi uma colisão no trator. Sem dúvida depois disso muitas coisas mudaram na regra, entrou o safety car virtual, em que o carro não entra na pista, mas os pilotos precisam respeitar uma velocidade limite bem mais lenta. Foi muito triste para o esporte em geral, além disso o Jules era um grande amigo, sempre estávamos próximos e era uma amizade bem diferente da que os pilotos têm entre eles. Foi muito triste e sem dúvida é mais um motivo para a Fórmula 1 continuar batalhando pela segurança dos pilotos.

AE - Com a proximidade do fim da temporada, você já tem planos para 2016?

Felipe Massa - Meu plano é continuar na Williams. Estou feliz na equipe, com pessoas que me respeitam muito. Nada ainda foi anunciado e nada foi feito, mas acredito que devo continuar para a temporada do ano que vem. Pelo menos é essa a minha vontade e não vejo motivo para a equipe não ter essa mesma vontade também.

AE - Os seus resultados até aqui estão dentro da sua expectativa?

Felipe Massa - Estamos fazendo um bom campeonato e acredito que a segunda parte do ano pode ser melhor do que a primeira. Isso se explica pelas pistas e pela forma como nosso carro pode render nesses circuitos. A temporada está indo bem. Estamos em terceiro lugar no campeonato de construtores e temos no momento, dependendo da pista, talvez um carro um pouco melhor do que a Ferrari e também, em algumas ocasiões, um pouco pior do que o carro deles. Logicamente, a Mercedes continua em um momento similar ao do ano passado, vencendo quase todas as corridas e bem acima das demais escuderias.

AE - O GP do Brasil de 2015 vai ter mudanças com a modernização do paddock de Interlagos. Isso vai aliviar as críticas das equipes sobre a estrutura da pista?

Felipe Massa - Interlagos é uma das pistas mais bacanas. Todas as corridas são bem movimentadas, acontecem muitas coisas no decorrer da prova, com disputas em geral. No traçado, não há nada para ser mudado. No paddock, sim, tem falta de espaço para as pessoas e equipes trabalharem, até para quem vai acompanhar de perto o Grande Prêmio. Isso a gente tem de mudar, é isso o que estão fazendo e espero que tenha bom resultado. A pista está fechada desde a corrida do ano passado para fazer essa mudança.




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