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Governo Alckmin é aprovado por 32% da população da região

Índice é maior do que janeiro, quando tucano foi elogiado por 29,4%; números de rejeição caem 3,8 pontos percentuais em seis meses

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/08/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), viu melhorar os índices à sua gestão entre os moradores do Grande ABC, na sexta rodada de análise de administração feita pelo DGABC Pesquisas, a pedido do Diário. O tucano, que em janeiro iniciou seu quarto mandato à frente do Palácio dos Bandeirantes, tem governo elogiado por 32% da população das sete cidades, percentual 2,6 pontos maior do que o dado de janeiro.

A fatia de aprovação é dividida entre 3,9% de entrevistados que consideram o mandato ótimo e 28,1% de observam o trabalho bom. Antes, 3,6% dos moradores da região viam o governo como ótimo e outros 25,8% como bom. Os números de regularidade permaneceram quase estável: 29,6% em janeiro e 29,8% agora.

O Grande ABC também reduziu o índice de rejeição ao governador. Em janeiro, 37,8% desaprovavam a gestão tucana (com 15% de ruim e 22,8% de péssimo), agora são 34% (15,3% de ruim e 18,7% de péssimo) – queda de 3,8 pontos percentuais.

Nos últimos seis meses, Alckmin intensificou agenda de entrega de obras no Grande ABC. Houve dois destaques: a inauguração do Trecho Leste do Rodoanel – envolvendo até alça de acesso para Ribeirão Pires – e a entrega da unidade do Poupatempo em Santo André.

O Trecho Leste do Rodoanel foi oficialmente aberto em junho, com investimento total de R$ 3,6 bilhões. A terceira das quatro etapas do viário beneficiará diretamente a região e conectará as rodovias Anchieta e Imigrantes às rodovias Ayrton Senna e Dutra, prometendo válvula de escape à chegada ao aeroporto de Guarulhos em horários de trânsito intenso.

Já o Poupatempo de Santo André entrou em funcionamento em maio, no Atrium Shopping, no bairro Homero Thon. Em um mês, foram realizados 24 mil atendimentos, demonstrando aceitação ao equipamento. A unidade de Mauá tem previsão de entrega para maio e a de Diadema está aberta desde novembro.

Também contribuíram para aceitação de Alckmin obras para reduzir os impactos da crise hídrica no Grande ABC. Nos últimos seis meses, o governador colocou em funcionamento um reservatório em São Bernardo e duas estações elevatórias em Diadema, no Jardim Inamar, como forma de diminuir a dependência do Sistema Cantareira, mais atingido com a falta de chuvas dos últimos dois anos.

Outro fator a jogar para baixo a taxa de rejeição foi a redução dos índices de violência na região. Dados mais recentes da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado registram queda de 31,89% no número de roubos e de 33,68% no de furto de veículos.

SÉRIE HISTÓRICA
Os números de julho recuperam os dados de Alckmin em outubro de 2014, período eleitoral – o tucano foi reeleito no primeiro turno, vencendo em todas as cidades do Grande ABC.

À ocasião, Alckmin registrou 6,4% de índice ótimo e 28,9% de bom, somando, assim, 35,3% de aprovação à sua gestão entre os eleitores da sete cidades. A rejeição da época era de 24,3% (14% de péssimo e 10,3% de ruim).

O melhor desempenho de Alckmin foi apontado em levantamento de julho do ano passado, quando houve 36,4% de análise positiva (4% de ótimo e 32,4% de bom). Nesse levantamento, a desaprovação foi de 25,2% (13,6% de péssimo e 11,6% de ruim).

A aceitação se refletiu nas urnas. Em outubro, Alckmin recebeu 635.129 votos nas sete cidades – quase o dobro do segundo colocado Alexandre Padilha (PT) – e triunfou na primeira fase do pleito. O melhor percentual foi obtido em São Caetano – 60,33% – e o menor em Diadema – 38,44%. Em todo o Estado, o governador só perdeu em Hortolândia, no Interior.

O DGABC Pesquisas ouviu 2.800 pessoas na região na semana passada.

Tucano tem melhor avaliação em Rio Grande da Serra

A única cidade administrada por um tucano foi a que mais bem avaliou o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Em Rio Grande da Serra, administrada pelo prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), 38,3% dos moradores aprovam a gestão do tucano contra 32% de rejeição e 23,8% de regularidade.

O município sempre esteve no rol de investimentos estaduais, desde o governo de Adler Kiko Teixeira (PSC), contribuindo com recursos para pavimentação e construção de viário. Na eleição de outubro, Alckmin conquistou 52,7% dos votos válidos da cidade, com mais do que o dobro do segundo colocado no município, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB).

Na sequência está São Caetano. A cidade com natural rejeição ao petismo – e que nunca deixou um petista governá-la – concedeu 34,8% de aceitação à administração do PSDB no Estado (5,5% de ótimo e 29,3% de bom). No município hoje gerido por Paulo Pinheiro (PMDB), 33,3% dos moradores contestam o governo Alckmin (16,8% de ruim e 16,5% de péssimo).

Na terceira posição na lista de aprovação a Alckmin está Mauá, administrada pelo petista Donisete Braga. Em reduto mauaense, o governador tem aprovação de 34,6% (4,3% de ótimo e 30,3% de bom), 30% de regular e 30,8% de reprovação (12% de ruim e 18,8% de péssimo). Outros 4,6% não souberam responder.

O governo do Estado possui investimentos em curso na cidade, como a construção do Poupatempo – previsão de entrega para novembro –, além de auxílio financeiro para custeio do Hospital Doutor Radamés Nardini (o maior da cidade) e integração tarifária entre CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o sistema municipal de Transporte.

Ribeirão Pires, do prefeito Saulo Benevides (PMDB), conferiu índice de 32,8% de aprovação a Alckmin (4% de ótimo e 28,8% de bom), 37% de regular e 26,8% de rejeição (10,3% de ruim e 16,5% de péssimo). Nos últimos meses, além da inauguração do Trecho Leste do Rodoanel com alça de acesso direto à cidade, o governo do Estado autorizou liberação de aporte de obras de turismo, como construção do teleférico e reforma na Vila do Doce.

Em apenas três cidades o governo Alckmin tem maior número de rejeição na comparação com a aprovação: Santo André, São Bernardo e Diadema.

Em Santo André, a diferença é quase nula. Foram 32,6% de andreenses a elogiarem o trabalho do tucano (com 5,3% de ótimo e 27,3% de bom) e 32,8% de críticas (16,5% de ruim e 16,3% de péssimo), além de 30,5% de regularidade.

Nos últimos dias, o governo estadual entrou em embate direto com o prefeito Carlos Grana (PT), que, ao comentar a possibilidade de haver candidato do PSDB na eleição do ano que vem, disse que o eventual prefeiturável teria de “carregar o fardo da falta de investimentos do Estado em Santo André”. O Palácio dos Bandeirantes, em resposta, listou série de obras capitaneadas pelo Estado, “apesar de dívida do município de R$ 2,5 bilhões com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).”

Cidade que ficou 30 anos sob administração de prefeitos petistas ou oriundos do petismo, Diadema apontou 31,8% de aprovação para Alckmin (1,5% de ótimo e 30,3% de bom), 31,8% de regular e 32,8% de rejeição (12,5% de ruim e 20,3% de péssimo). O município hoje governado por Lauro Michels (PV) – aliado do tucano – tem recebido investimento alto do Estado, como a construção do Poupatempo e de Fábrica de Cultura, ambos no Centro.

O menor índice de aprovação a Alckmin foi registrado em São Bernardo, onde 29,3% aceitaram a gestão tucana (3,3% de ótimo e 26% de bom) e 39% reprovaram (18% de ruim e 21% de péssimo). 




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