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Metalúrgicos definem reajuste neste sábado
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
18/09/2010 | 07:38
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Hoje, os metalúrgicos das montadoras da região decidem, em assembleia geral e definitiva, o reajuste salarial proposto ontem pela Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo) esteve reunida com a bancada patronal, durante todo dia de ontem, para negociar pelo menos 9% de aumento salarial - somada a inflação mais o reajuste real - assim como conseguiram os 11 mil funcionários da GM (General Motors), junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, que terão também abono de R$ 2.200.

Até o fechamento desta edição, a rodada de negociação ainda não havia terminado, segundo a assessoria da federação.

Há uma semana, a categoria - representada por cerca de 32 mil trabalhadores das cinco montadoras (Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford, Scania e Toyota) de São Bernardo - recusaram o aumento oferecido de 7%.

Ao todo, estão em campanha mais de 50 mil metalúrgicos nas montadoras nas regiões do Grande ABC, Taubaté, São Carlos e Tatuí. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Como já tinha dito à equipe do Diário, Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, acredita que é possível as montadoras oferecerem esse índice de reajuste (9%), já que o setor vem alcançando recorde de vendas. "O País vive um momento extraordinário."

Para se ter uma ideia, no ano passado, em meio à crise financeira mundial, a categoria teve reajuste de 6,53%, mais abono.

A assembleia de hoje, terá início às 10h, e será realizada em frente ao Sindicato da região - na Rua João Basso, 231, Centro, São Bernardo. Nas duas últimas assembleias no Grande ABC, estavam presentes 10 mil funcionários.

MOBILIZAÇÃO
Segundo a federação, no caso dos funcionários não aceitarem a proposta hoje, a categoria deve manter a decisão por greve geral.

Durante as duas últimas semanas, foram realizadas pequenas paralisações nas fábricas e mobilizações.

 

Demais grupos fecham acordo com índice de 9%
Até o momento, já assinaram a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) com a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo) as bancadas patronais que representam os setores de autopeças, forjaria e parafusos (Grupo 3); trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros (Grupo 8); máquinas e eletrônicos (Grupo 2), e Fundição.

Esses setores tiveram reajuste de 9%, sendo 4,2% de reposição de inflação, e o restante de aumento real.

Ainda está em negociação os trabalhadores de estamparia, cujo bancada patronal (representada pelo Siniem - Sindicato Nacional das Indústrias de Estamparia de Metais) informou estar aberta à negociação e agendou reunião para quinta-feira.

 




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