Política Titulo Rodízio
Siraque mira FUABC na indicação de Grana

Dentro do rodízio, Santo André tende a ser próxima a nomear comandante da entidade

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/07/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Aliado do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), o ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PT) cobiça a sucessão no comando da Fundação do ABC, hoje chefiada por Marco Antonio Santos Silva (PMDB), no cargo desde o ano passado. Dentro de rodízio estabelecido, o Paço andreense seria o próximo a fazer a indicação do nome que ficará à frente da instituição no biênio 2016-2017. O mandato do peemedebista se encerra no fim deste exercício, abrindo o espaço na entidade regional, com Orçamento global de R$ 1,5 bilhão, o que corresponde ao terceiro maior volume entre as sete cidades, atrás apenas de São Bernardo e do município liderado pelo correligionário.

Siraque admitiu o interesse em assumir o posto máximo da entidade, contudo, ponderou que não vai pressionar Grana diretamente neste sentido. “Tem muita gente da academia e da área da saúde pública que desejam me ver na direção da Fundação. Estou disposto a ir para lá. Só depende do prefeito, mas não quero impor nada”, afirmou. A instituição é mantida pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano, que acertam espécie de revezamento. O economista Marco Antonio entrou sob a tutela são-caetanense de Paulo Pinheiro (PMDB), substituindo o engenheiro Maurício Mindrisz (PT), nome da confiança do prefeito Luiz Marinho (PT).

Apesar da vontade de Siraque, até o momento, não há avanço em conversas da gestão andreense numa eventual escolha de seu nome para ocupar o cargo. São estudadas alternativas técnicas. O ex-deputado alegou que foi procurado por alunos, professores e funcionários da unidade, que cogitaram essa possibilidade. “Sou da área acadêmica. Já fui do conselho curador em momento difícil e ajudei a resolver os problemas de falência, à época. Hoje penso que falta transparência nos projetos e melhor relação com o corpo da instituição”, disse, acrescentando que pediu suporte dos apoiadores internos. “Não vou constranger ninguém, mas se o Grana me indicar eu aceito, porém como missão.”

Embora evite resgatar a questão, o ex-deputado aguarda compensação política do PT pela adesão dada a Grana ao processo eleitoral de 2012, quando retirou seu nome da disputa partidária municipal em favor do atual prefeito. Havia, primeiramente, compromisso de amparo exclusivo no páreo do ano passado. No pleito, Siraque obteve 53,2 mil votos na totalidade, saldo insuficiente para renovar o mandato na Câmara Federal. Com a derrota na briga por vaga no Congresso, o petista ainda não se posicionou sobre qual cargo eletivo pretende concorrer no futuro.

A cúpula da administração de Santo André avalia que é a sua vez de indicar o herdeiro da cadeira de Marco Antonio na Fundação. Em contrapartida, existe movimento na cidade na tentativa de manter o representante de São Caetano. Além dos três municípios que compõem a base financeira, a instituição tem parceria de trabalho na Saúde também em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Apenas Diadema está de fora da lista.

Grana não quis comentar o assunto e o presidente do PT andreense, deputado estadual Luiz Turno, não foi localizado pela equipe do Diário. 




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