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Insônia - Dr. Leo Kahn
Leo Kahn
17/07/2015 | 07:00
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É caracterizada pela incapacidade de conciliar o sono, podendo se manifestar em seu período inicial, intermediário ou final.

A queixa de sono inadequado, ou de baixa qualidade, pode ocorrer pelas seguintes razões: dificuldade em pegar no sono; levantar frequentemente durante a noite; dificuldades em voltar a dormir, acordar muito cedo e sono não restaurador.

As horas necessárias para um sono reparador variam, porém, a maior parte das pessoas precisa dormir de sete a oito horas. Pesquisas recentes sugerem que aqueles que consideram suficientes quatro ou cinco horas de sono por noite, na realidade, necessitariam dormir mais.

A insônia pode ser classificada como transiente (curto prazo), intermitente (vem e vai) e crônica (constante). Insônia que dura desde uma noite até algumas semanas é classificada como transiente. Caso os episódios ocorram de tempos em tempos, classifica-se como intermitente. É considerada crônica se ocorrer na maioria das noites e durar mais de um mês.

Insônia crônica é mais complexa e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais. Uma das causas mais comuns é a depressão; outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apneia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertireoidismo. Porém, insônia crônica pode ser causada por fatores de estilo de vida, incluindo o mal uso de cafeína, álcool e outras substâncias; estresse crônico e ciclos quebrados de sono/despertar como, por exemplo, em consequência de trabalho noturno ou em turnos.

Acomete ambos os sexos e em todas as idades, porém, parece ser mais comum no sexo feminino (especialmente depois da menopausa) e em idosos. A capacidade de dormir, e não a necessidade de sono, parece diminuir com a idade.

O diagnóstico é realizado pelo histórico médico do sono,sendo obtido através de um diário preenchido pelo paciente ou por entrevista com o parceiro de cama com relação à quantidade e qualidade de sono. Pode ser facilitado pela polissonografia, exame que monitora o paciente enquanto dorme.

Saiba mais:

- A insônia pode ter causas orgânicas e psíquicas. Pesquisas apontam a produção inadequada de serotonina pelo organismo e o estresse provocado pelo desgaste cotidiano ou por situações-limite como causas mais importantes.

- Certas condições parecem tornar indivíduos mais susceptíveis à insônia. Exemplos destas condições incluem:

- Idade avançada (insônia ocorre mais frequentemente depois dos 60 anos).

- Histórico de depressão.

- Estresse.

- Ambiente barulhento.

- Mudanças no ambiente ao redor.

- Problemas no horário de dormir/acordar, como aqueles decorrentes de jet lag.

- Efeitos colaterais de medicamentos.

- Expectativa e preocupação de ter dificuldade para dormir.

- Prática de exercícios vigorosos à noite.

- Ingestão de quantidade excessiva de cafeína presente no café, chás, chocolates, etc.

- Beber álcool antes de dormir.

- Fumar antes de dormir.

- Soneca excessiva de manhã ou de tarde.

- Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados.

- Esses comportamentos podem prolongar a insônia existente ou ser responsáveis pelo seu aparecimento. Interromper esses comportamentos pode eliminar a insônia.

- Experimentar técnicas comportamentais para melhorar o sono, como terapia de relaxamento, terapia de restrição de sono e recondicionamento.

- Aparentemente, pessoas mais velhas dormem menos. Entretanto, o tempo que passam dormindo pode ser exatamente o mesmo da mocidade, dividido em períodos mais curtos e de sono mais superficial.

- Insônia pode ser tratada com medicamentos que devem ser prescritos pelo médico. Não se automedique. 

* Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br




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