A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que se não forem adotadas medidas para gerar mais e melhores empregos, a América Latina atingirá em 2015 um déficit de emprego formal que poderá afetar 158 milhões de pessoas. Atualmente, segundo a OIT, 126 milhões de trabalhadores da região não têm emprego formal, o que representa 53% da PEA (População Economicamente Ativa). Esse déficit é mais acentuado no caso das mulheres e dos jovens.
A partir desta quarta-feira, começa oficialmente em Brasília a 16ª Reunião Regional da OIT, que vai debater uma agenda americana de incentivo ao trabalho de qualidade. O texto-base da agenda, divulgado hoje pelo diretor-geral da OIT, Juan Somavia, mostra que o desafio também está presente no Caribe, onde a situação é "especialmente complexa", devido à vulnerabilidade da economia dos países da região, o que, de acordo com o documento, "limita severamente sua capacidade de desenvolvimento econômico e social".
A Reunião Regional Americana acontece até a próxima sexta-feira e reúne delegados de governos, empregadores e trabalhadores das três Américas. É a primeira vez que a reunião acontece no Brasil. A "agenda hemisférica", como foi chamada pela OIT, traz uma série de recomendações de políticas gerais e específicas para países das Américas gerarem "trabalho decente" durante a próxima década.
"A geração de trabalho decente é um objetivo político porque repercute na luta contra a pobreza, a governabilidade das democracias e a segurança hemisférica. Não poderemos eliminar a pobreza senão instituirmos trabalhos decentes", disse Juan Somavia.
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