De acordo com informações da comissão de moradores, a falta de linhas e a mudança dos locais de pontos de ônibus obriga algumas pessoas a andarem até 2 km até o ponto mais próximo, na praça Giovanni Breda. “Eles fizeram tudo sem nos consultar. Por causa de um acidente ocorrido em janeiro, de um dia para o outro mudaram tudo por aqui. A gente foi penalizado por um caso isolado”, disse a moradora Lindaura Alves de Souza.
“Se acontece um acidente na rodovia, eles fecham a estrada? É claro que essa medida é, no mínimo, irracional. Eles poderiam ter colocado uma lombada eletrônica para reduzir a velocidade os ônibus e automóveis ou coisa assim”, acrescentou Antonio Vespero. Os moradores se referem a um acidente ocorrido no começo do ano envolvendo um ônibus e um veículo de passeio, que matou uma criança.
Os moradores disseram que já procuraram negociar o caso na Prefeitura e foram até a Câmara, a última vez na semana passada, mas sequer foram recebidos. “Já fomos seis vezes falar com os vereadores e três vezes na sede da EPT, mas até agora nada foi feito”, reclamou Elba Rodrigues Mesquita.
Campanholo, porém, nega que a decisão de ampliar o número de linhas de ônibus tenha sido imposta e afirmou que os moradores não caminham mais de 400 metros para encontrar um ponto. Segundo ele, a questão da localização dos pontos de ônibus é como no caso de uma padaria ou feira. “Alguns são mais privilegiados que outros. Não podemos agradar a todos. Quem não quer um ponto perto de casa?”
Segundo ele, a retirada das linha da rua Ana Maria Martinês era uma antiga reivindicação dos próprios moradores da região. “Eles pediram a mudança e fizemos um estudo, que identificou que realmente era preciso transformar a rua em mão única e impedir a passagem dos coletivos em uma via tão íngreme”, explicou Campanholo. “Não podemos mudar o trânsito com freqüência. A adaptação é lenta e exige cuidados. O que tinha de fazer já foi feito”, completou o gerente.
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