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S.Bernardo: bairro Assunção terá mais 14 linhas de ônibus
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
30/05/2004 | 18:55
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O número de linhas de ônibus no bairro Assunção, em São Bernardo, será ampliado de oito para 22 a partir da próxima sexta-feira, dia 4. A informação foi dada pelo gerente de operações da ETC (Empresa de Transporte Municipal de São Bernardo), Nelson Campanholo, em resposta às reivindicações de um grupo de moradores da região, que reclamavam da decisão da empresa de retirar sete linhas de ônibus que passavam pela rua Ana Maria Martinês. A ampliação das linhas, segundo Campanholo, irá das mais alternativas de transporte para os moradores da região, mas os ônibus não voltarão a passar pela rua Ana Maria Martinês.

De acordo com informações da comissão de moradores, a falta de linhas e a mudança dos locais de pontos de ônibus obriga algumas pessoas a andarem até 2 km até o ponto mais próximo, na praça Giovanni Breda. “Eles fizeram tudo sem nos consultar. Por causa de um acidente ocorrido em janeiro, de um dia para o outro mudaram tudo por aqui. A gente foi penalizado por um caso isolado”, disse a moradora Lindaura Alves de Souza.

“Se acontece um acidente na rodovia, eles fecham a estrada? É claro que essa medida é, no mínimo, irracional. Eles poderiam ter colocado uma lombada eletrônica para reduzir a velocidade os ônibus e automóveis ou coisa assim”, acrescentou Antonio Vespero. Os moradores se referem a um acidente ocorrido no começo do ano envolvendo um ônibus e um veículo de passeio, que matou uma criança.

Os moradores disseram que já procuraram negociar o caso na Prefeitura e foram até a Câmara, a última vez na semana passada, mas sequer foram recebidos. “Já fomos seis vezes falar com os vereadores e três vezes na sede da EPT, mas até agora nada foi feito”, reclamou Elba Rodrigues Mesquita.

Campanholo, porém, nega que a decisão de ampliar o número de linhas de ônibus tenha sido imposta e afirmou que os moradores não caminham mais de 400 metros para encontrar um ponto. Segundo ele, a questão da localização dos pontos de ônibus é como no caso de uma padaria ou feira. “Alguns são mais privilegiados que outros. Não podemos agradar a todos. Quem não quer um ponto perto de casa?”

Segundo ele, a retirada das linha da rua Ana Maria Martinês era uma antiga reivindicação dos próprios moradores da região. “Eles pediram a mudança e fizemos um estudo, que identificou que realmente era preciso transformar a rua em mão única e impedir a passagem dos coletivos em uma via tão íngreme”, explicou Campanholo. “Não podemos mudar o trânsito com freqüência. A adaptação é lenta e exige cuidados. O que tinha de fazer já foi feito”, completou o gerente.




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