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Em jogo sonolento, Brasil faz 2 a 0 no lanterna japonês
Por Fernão Silveira
Do Diário OnLine
26/05/2001 | 15:27
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Em um jogo sonolento, tanto pelas atuações quanto pelo horário (5h de Brasília, 17h no Japão), o Brasil venceu o Verdy Tóquio (último colocado do Campeonato Japonês) por 2 a 0, na manhã deste sábado, no Estádio Municipal da capital japonesa. Os gols só saíram no segundo tempo, com Washington e Júlio Batista.

A partida amistosa foi a primeira e única promovida pelo técnico Émerson Leão para preparar o Brasil para a disputa da Copa das Confederações, disputada na Coréia do Sul e no Japão. A estréia brasileira será na próxima quinta-feira (dia 31), também às 5h, contra a seleção de Camarões – atual campeã africana e Olímpica. O Canadá e o Japão serão os outros adversários brasileiros na primeira fase do torneio.

O jogo foi fraco até para a experimentação que Leão esperava promover antes da estréia na não menos laboratorial Copa das Confederações. O futebol da 'Seleção 2' não ficou muito longe do da 'Seleção 1': um amontoado de jogadores unidos de véspera e sem um mínimo de treinamento em comum. Valeu pelas atuações individuais de Dida (de volta ao gol brasileiro após mais de um ano), do atacante Washington (que conseguiu marcar um gol mesmo depois de passar quase 30 horas em um avião na véspera da partida) e do meia Ramon (que conseguiu dar alguma vida à criação ofensiva do Brasil no segundo tempo).

O atacante estrela do Lyon, Sonny Anderson, e o volante Leomar, do Sport Recife, tiveram as piores atuações. O primeiro perdeu pelo menos três chances claras de gol, enquanto o cabeça-de-área não acertava nem passes laterais de três metros – além de tropeçar sozinho umas duas vezes. O meia Robert não repetiu as boas atuações do Santos, mas pelo menos mostrou-se esforçado.

As primeiras boas oportunidades de gol foram do time japonês. Takeda quase abriu o placar aos 3, chutando rasteiro após passe de Nagai para boa defesa de Dida. Aos 7, Kobayashi acertou um petardo de fora da área e quase surpreendeu o goleiro brasileiro. A resposta da Seleção só veio aos 11, com Vágner acertando a trave de Honnami ao receber passe de Zé Maria dentro da área. Washington quase deixou o dele antes do intervalo, aos 21, mas errou na cabeçada e colocou à direita do goleiro japonês. Foi só no primeiro tempo.

Junto com a bronca no vestiário, Leão sacou Robert e colocou Ramon para a etapa final. Deu certo. A criação no ataque melhorou bastante e o meia do Fluminense deu o passe certeiro para Washington abrir o placar, aos 5.

Vágner deu lugar a Magno Alves, que se machucou e foi substituído por Leandro. O atacante da Fiorentina, pouco depois de entrar em campo, cruzou sem grandes pretensões para a área e o meia são-paulino Júlio Batista (substituto de Washington) aproveitou-se da falha do histriônico Honnami para subir mais alto e desviar de cabeça para o gol vazio.

A pequena torcida japonesa que compareceu ao Estádio Municipal de Tóquio fez sua parte e aplaudiu a Seleção, que só fez dois no lanterninha da J-League. A causa do amistoso, porém, foi nobre. O jogo foi organizado por uma ONG japonesa que defende a preservação do meio ambiente - e teve até direito a discurso do capitão Vampeta para defender a ecologia. Os 2 a 0 renderam cerca de US$ 500 mil à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Troca entre canhotos - Com a contusão no joelho esquerdo do meia Zé Roberto, do Bayern Leverkusen, o técnico da Seleção Brasileira, Émerson Leão, optou por cortá-lo do elenco que disputa a Copa das Confederações e convocou o meia Carlos Miguel, do São Paulo, para a vaga. Ele deve chegar a Ibaraki, onde o Brasil disputa o torneio, no começo da próxima semana.




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