Para justificar o pedido de suspensão de acareações marcadas para os dias 8 e 9 (quarta e quinta-feira), respectivamente com o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. A defesa alega que o réu sofre de "câncer ósseo, grave moléstia que, por haver piorado no último mês, dificulta o seu deslocamento e permanência nas audiências de acareação", diz a peça apresentada ao Supremo.
A advogada de Barusco, Beatriz Catta Petra, acrescenta que o pedido foi levado ao Judiciário após negativa do presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), de cancelar a acareação. Ela lembra ainda que o ex-gerente já compareceu a outra sessão da CPI por onde permaneceu depondo por mais de seis horas. Por último, a advogada lembra que na ocasião em que Barusco esteve na Câmara havia pedido de que a sessão fosse secreta, evitando a exploração da doença pelos parlamentares e que, apesar de acordo para que não houvesse pergunta a respeito, o ex-gerente teve de responder questionamentos sobre o fato de ter câncer.
Silêncio
O pedido será analisado pelo ministro Celso de Mello, que está no plantão do Judiciário devido ao recesso. Na semana passada, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido apresentado por Duque para cancelar a acareação com Barusco. Contudo, o ministro concedeu habeas corpus garantindo o direito de o ex-diretor e Vaccari de permanecerem em silêncio durante a sessão da CPI na Câmara dos Deputados.
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