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Mercado prevê inflação em alta e PIB em baixa no fim de ano
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
20/11/2006 | 21:19
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Inflação em alta e PIB em baixa. Esse é o diagnóstico do Boletim Focus distribuído nesta segunda-feira pela Gerin (Gerência de Relacionamento com Investidores do Banco Central), em relação aos prognósticos para a economia nacional no curto prazo.

Neste mês sobem os preços a serem medidos pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), usado pelas empresas e varejo para a correção de contratos, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), usado para correção de contratos de locação, e o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor), da Capital.

No caso do IGP-DI, espera-se que feche novembro em alta de 0,45% ante 0,32% apontados há 30 dias, sendo alta de 0,63% para o IGP-M, cujas expectativas eram de alta máxima de 0,30%, há 30 dias, e de 0,40% para o IPC-Fipe.

Aqui, a própria Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP espera por aumento de 0,50% neste mês.

PIB – Em relação ao desempenho da economia brasileira, os mais de 100 analistas de mercado ouvidos pela Gerin reduziram as esperanças de um Produto Interno Bruto mínimo de 3% neste ano. O indicador de desempenho da economia foi revisto para baixo e agora sinaliza alta de 2,95%, embora para a produção industrial, os analistas estejam mais otimistas e tenham alterado suas projeções de aumento de 3,12% para 3,16% até dezembro.

Ainda na linha positiva, aumentou a expectativa em relação ao superávit da balança comercial. Mesmo com as importações crescendo o dobro das exportações neste momento, o mercado acredita que há espaço para um superávit comercial de US$ 45 bilhões.

Segundo os dados atualizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre janeiro e 19 de novembro, o país já exportou US$ 120,3 bilhões e importou US$ 80,4 bilhões, com o superávit comercial estabelecendo-se em US$ 39,9 bilhões. Vale lembrar que a meta do governo é atingir saldo de US$ 43 bilhões.

Selic – É grande a esperança do mercado financeiro para um novo corte da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), entre os dias 28 e 29 deste mês. Mesmo com o atual surto da inflação, a maior parte dos economistas avaliados pela Gerin aponta corte potencial de 0,5 ponto na Selic atual, de 13,75% ao ano, o que a posicionaria em 13.25% até dezembro.



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