A Terra gira porque todos os corpos celestes giram. Cometas, asteroides, luas, planetas, estrelas, aglomerados, galáxias, todos giram. Uns mais rápido, outros mais devagar. Isso ocorre porque tudo no Universo, mesmo os menores corpos, estão em movimento. 

Quando um corpo celeste se forma, ele se compõe de vários objetos menores que juntam-se graças à força da gravidade. E como esses elementos estão em agitação constante, os corpos celestes guardam dentro de si essa quantidade de movimento de seus formadores. A movimentação se traduz na chamada rotação, que é quando um corpo gira ao redor de um eixo próprio, em torno de si mesmo. Na Terra, esse processo leva, aproximadamente, 24 horas para ser completado e ocorre no sentido anti-horário (oposto a direção feita pelos ponteiros dos relógios).

Para que o nosso planeta parasse de girar seria necessária uma colisão da Terra com outra massa muito grande e muito específica, em condições exatas de velocidade e direção. Essa é uma possibilidade muito improvável. Um encontro de grandes proporções qualquer poderia até diminuir ou alterar a rotação da Terra, mas seria quase impossível pará-la totalmente. Alguns planetas podem ter tido fortes colisões ao longo de suas existências, pois observamos hoje que possuem rotações muito peculiares. Vênus, por exemplo, gira de ‘ponta cabeça’ se compararmos sua atividade com a da Terra. Já Urano gira meio que ‘deitado’, como se estivesse rolando em algumas partes de sua órbita.

Sabe-se que a Terra está diminuindo aos poucos sua taxa de rotação, graças a interações gravitacionais dela com a Lua e o Sol. Daqui a bilhões de anos, essa diminuição irá parar de acontecer. Calcula-se que sua velocidade de giro será então de cerca de 35 vezes menor do que é hoje. Mas é importante lembrar que a rotação sempre irá ocorrer.