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Baixada Fluminense criam consórcio para solucionar problemas comuns
Por Do Diário do Grande ABC
21/07/1999 | 20:10
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Prefeitos da Baixada Fluminense devem criar, ainda este ano, um consórcio ambiental que responderá pelas soluçoes conjuntas dos fartos problemas comuns dos municípios, que incluem a questao do lixo urbano, a poluiçao dos rios e do ar e a escassez de áreas verdes na regiao. 'O consórcio vai permitir aos municípios criar uma pauta comum de prioridades, além facilitar a identificaçao e captaçao de recursos dos governos estadual e federal``, afirmou o titular da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Urbanos do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Novaes, que têm acompanhado as discussoes entre os prefeitos.

A criaçao do consórcio ainda está em estudo por prefeitos e técnicos do governo estadual e do ministério do Meio Ambiente. Três reunioes entre os interessados já foram realizadas, e a previsao é de que até agosto a nova parceria seja anunciada. Restará, entao, apenas a aprovaçao das Câmaras Municipais para a concretizaçao do projeto. Devem participar da parceria as cidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Sao Joao do Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Paracambi, Seropédica e Magé. Com 5 milhoes de habitantes, a Baixada tem um passivo ambiental que a fez ser incluída pelo ministro José Sarney Filho entre as prioridades do ministério do Meio Ambiente.

O primeiro grande problema que deverá que ser enfrentado pela associaçao dos municípios é o Aterro Metropolitano de Gramacho, em Duque de Caxias, que recebe o lixo de boa parte das cidades da regiao, incluindo o Rio de Janeiro. 'O aterro nao dura mais do que quatro ou cinco anos. Precisamos encontrar uma soluçao rápida para esse problema, que é o mais grave da Baixada``, afirma o secretário, numa previsao ainda mais pessimista do que a divulgada recentemente e que dava a Gramacho nove anos de vida útil.

O problema do lixo apontado por Marcelo Novaes pode ser o pior da regiao, mas está longe de ser o único. A Baixada Fluminense sofre com a escassez de reservas ecológicas e deve à reserva de Tingá sua única área verde de expressao. 'Além disso, ainda temos o problema da poluiçao das águas pelo lançamento do esgoto das cidades nas bacias da regiao e da poluiçao do ar, causada pelos automóveis e por fatores diversos como a queima de pneus``, explica Novaes. Com a falta de recursos das prefeituras e os cortes sofridos no orçamento do ministério do Meio Ambiente, o consórcio será, segundo o secretário do ministério, 'a melhor maneira de juntar os trapinhos, com reuniao de recursos e garimpagem de verbas no governo federal``.




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