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Como bombar no YouTube
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
19/06/2011 | 07:00
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Na era das celebridades da internet é curioso tentar descobrir por que alguns vídeos se destacam entre os mais vistos no YouTube (são 2 bilhões de acessos por dia!). Há algum segredo para que ultrapasse as barreiras do site e viaje a web fazendo sucesso? Para Chad Hurley, co-fundador do YouTube, a missão não é fácil. É preciso ter identidade própria, talento, tirar proveito dos melhores, saber usar as ferramentas, ser verdadeiro, usar arquivos menores e mais curtos e fazer o cadastro com palavras-chave. Confira alguns e tire suas conclusões ou tente fazer o mesmo.

 

Eduardo e Mônica (http://migre.me/54iRk) - Em sete dias, 6.319.831 pessoas suspiraram com o vídeo da música Eduardo e Mônica, da banda Legião Urbana. A ideia foi de uma empresa de celulares que teve uma sacada genial: resgatar o sentimento de um amor diferente e perfeito - embora aparentemente inviável -, que fez história na música brasileira. O lançamento foi bem perto do Dia dos Namorados. Além disso, ao mesmo tempo que fez as pessoas recordarem, seguiu a tendência e inseriu elementos modernos na trama. IPads e celulares entraram na história. Coincidência? Não. Foi uma forma de divulgar, e muito bem, os novos produtos da empresa.

 

A Banda Mais Bonita da Cidade (http://migre.me/54iTi) - Gravar em uma tomada só (sem cortes nem edição) parece ser uma das causas para o sucesso de Oração, música do grupo curitibano A Banda Mais Bonita da Cidade. O verso grudento e repetitivo ainda contribuiu para as 5.596.753 vizualizações. Depois de aparecer na internet, a banda foi contratada para fazer shows. Outro vídeo de uma tomada só, mas muito mais elaborado do que o brasileiro, é o This Too Shall Pass (http://migre.me/54iVa) da banda norte-americana Ok Go. Os caras conseguiram montar uma engenhoca incrível. Só vendo para saber. São 27.694.865 acessos.

 

Rebecca Black - Friday (http://migre.me/54iXk) - Nem em sonho Rebecca Black poderia imaginar que 166.639.960 pessoas assistiriam a um vídeo seu, apesar de ter pago a uma produtora para produzi-lo. O fato é que o clipe da música Friday levou a menina para o topo do mundo. Embora a canção tenha sido considerada a pior de todos os tempos, ela virou celebridade. É o exemplo de que na web só se destaca quem chama atenção de algum jeito, bom ou ruim. Agora a menina pode ser vista no novo clipe da Katy Perry, Last Friday Night, que em pouco mais de uma semana já foi visto por 3.505.224.

 

Mataram a formiguinha - Que dó! (http://migre.me/54iYn) - A inocência de gêmeos brasileirinhos rendeu 10.675.907 acessos. Fica-se emocionado com a sensibilidade de um deles que começa a chorar, diz que o outro ‘matou a formiguinha dele', e caem lágrimas sem parar. O menino não se conforma com a morte do bichinho e fica repetindo ‘que dó, que dó...''. O outro só olha o que está acontecendo com cara de preocupado. A verdade é que dá vontade de apertar as bochechas dos dois. Conquistou os internautas porque é muito fofo! Por causa da mesma fofura, vídeos de bichos também fazem sucesso.

 

Não há fórmulas, só dicas - Ter criatividade e saber executar o que está na cabeça também são fundamentais. Alex Moletta, professor da Escola Livre de Cinema e Vídeo, de Santo André, diz que é difícil um vídeo bombar sem ter, ao menos, roteiro. "É preciso saber o que fazer, onde gravar, quem vai participar." Claro, desde que não seja espontâneo, como a risada do bebê ou a gracinha do bicho.

Não importa muito se vai filmar com celular, máquina fotográfica ou câmera profissional, desde que saiba mexer com os editores de vídeo. O mais usado, MovieMaker, já vem com os novos Windows. "Há tutoriais que ensinam. Não têm erro." Outras coisas que contam são observar o que é tendência e tentar criar algo inédito. Os tipos que fazem a gente imaginar ‘Como não pensei nisso antes?' são os que mais chamam a atenção. Fazer com que as pessoas se identifiquem, deem risada e/ou sensibilizem também servem de termômetro para o sucesso do vídeo, embora o professor acredite que não há fórmulas. "É sorte, mas não custa divulgar o máximo possível."

Antes de gravar, porém, é preciso entender bem e res- peitar as regras. Não dá para divulgar imagens de pessoas que não autorizam, copiar in- formações sem dar crédito nem usar músicas que não tenham direitos autorais liberados. "No site www.creativecommons.org.br há canções que podem ser utilizadas", ensina Alex.




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