Cotado para regressar às fileiras tucanas por lideranças regionais, o ex-deputado federal Duílio Pisaneschi (sem partido) admitiu ontem possibilidade de retorno ao PSDB, partido em que ficou filiado entre 2009 e 2012. “Posso até voltar”, cogitou o político, com reduto em Santo André, que largou a vida pública há nove anos. “Mas sem interesse em participar de eleição. Não quero compromisso neste sentido. Tenho 75 anos, estou aposentado (politicamente) desde 2006”, disse. Ele se encontrou na semana passada com o ex-vereador Marcelo Chehade, eleito domingo, em convenção interna, como novo presidente do tucanato andreense.

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) revelou no evento partidário o desejo na captação do ex-filiado para engrossar os quadros tucanos, que teve desempenho pífio em 2012. Duílio exerceu dois mandatos como parlamentar federal (1995-2003) pelo PTB. Foi derrotado em duas oportunidades em projeto majoritário, como candidato ao Paço em 1996 e postulante a vice na chapa encabeçada por Newton Brandão (PSDB, morto em 2010) em 2004. “A política é dinâmica. Vejo que essa discussão é mais para frente. Falta mais de um ano (para as campanhas eleitorais) e hoje a sigla no município está sem nome forte.”

Depois de o projeto de candidatura própria do PSDB ser enterrado na cidade em 2012, Duílio pediu desfiliação da sigla e apoiou o então deputado estadual Carlos Grana (PT) na corrida pelo Paço em detrimento do prefeito Aidan Ravin (PSB), que já foi seu correligionário. “Ajudei o Grana na última eleição. Na ocasião, o partido se esfacelou, declinando de projeto próprio”, lembrou. “Atualmente, o PT está em situação difícil, porém a minha avaliação é que o atual prefeito tem projeção maior que a legenda”, justificou, ao complementar que, “por ora”, o acordo político está mantido. “Ele tem cumprido os compromissos.”