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Rede de saúde popular cresce no Grande ABC

Empresa que foca em público sem recursos para pagar convênio chega a Sto.André em junho

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/05/2015 | 07:22
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Divulgação


Voltada principalmente ao público de baixa renda que não pode pagar para ter plano de saúde, mas não quer ficar esperando meses e meses para ter uma consulta no SUS (Sistema Único de Saúde), a rede de clínicas médicas dr.consulta está ampliando sua presença na região. A empresa, que já tem, há um ano, unidade no Grande ABC, no São Bernardo Plaza Shopping, inaugurou na semana passada filial em Diadema, no Shopping Praça da Moça, e no dia 9 de junho chega a Santo André, com clínica no Centro da cidade.

Fundada em 2011 e agora com seis unidades em operação (além das duas do Grande ABC já instaladas, tem outras quatro na Capital, nos bairros Sacomã, Jabaquara e Tatuapé, e na Avenida Nove de Julho), a rede foi idealizada para suprir lacuna no acesso aos serviços de Saúde no Brasil, conta o fundador e executivo-chefe, o administrador Thomas Srougi. Filho de médico e formado em universidades norte-americanas de renome (ele fez MBA na Universidade de Chicago e também estudou na Harvard Business School), Srougi enxergou potencial de mercado nessa parcela da população que procura serviços qualificados a baixo custo. Com o apoio de fundos de investimento – em 2014, estima-se que tenha recebido aporte de R$ 20 milhões do fundo suíço LGT Venture Philanthropy e do Kaszek Ventures –, estruturou a rede, dispensando gastos que encarecem o atendimento (os pacientes esperam para ser atendidos em cadeiras de plástico) e foca na qualidade dos profissionais e no baixo custo.

Quem visita as unidades pode, por exemplo, perceber diferenças: além de cobrir 35 especialidades (não emergenciais), a consulta custa em torno de R$ 90 (valor que pode ser parcelado no cartão em até 48 vezes), bem menos do que em clínica particular (onde pode superar R$ 300), e um exame de hemograma custa só R$ 10, enquanto em laboratórios conhecidos pode sair por R$ 90.

Outra característica é a busca por agilidade. A rede promete agendamento em até sete dias e atendimento em até dois minutos, a partir da hora em que a pessoa chega. Já a consulta, segundo Srougi, leva de 45 minutos a 1 hora e 15 minutos. Ele destaca que os médicos são avaliados pelos próprios pacientes de forma digital – ao receberem mensagem no celular logo após a consulta para dar sua nota, que vai de zero a 10 – e isso influi no valor da remuneração. Ou seja, quanto melhor eles consigam oferecer diagnóstico resolutivo, ou seja, que contenha plano de ação para sanar o problema de saúde da pessoa, mais alta sua renda. “A nota média é de 9,5, e nossa equipe de atendimento tem média de 9,3”, disse. A empresa conta com quadro de 300 médicos e mais 150 empregados, entre enfermeiros e atendentes. O executivo reforça que, além de a companhia pagar acima do mercado (não revela quanto), oferece também possibilidade de se fazer pesquisa médica, o que, segundo ele, tem atraído profissionais das melhores faculdades do País.

Com essa fórmula, o dr.consulta tem crescido. Foram mais de 1.000 consultas por semana em especialidades como ginecologia, oftalmologia e cardiologia logo nos primeiros meses de cada unidade. E a meta da rede é encerrar o ano com 15 clínicas na Região Metropolitana.
 




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