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País terá R$ 102 bi com 13º salário
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/10/2010 | 07:05
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Cerca de R$ 102 bilhões serão injetados na economia brasileira até dezembro em decorrência do pagamento do 13º salário. É o que aponta estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em dados do Ministério do Trabalho, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do Ministério da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro.

O total desses recursos representa aproximadamente 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) - que é toda a riqueza produzida no País - e abrange o pagamento dos trabalhadores do mercado formal (com registro em carteira), também os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e da União e dos Estados.

O valor é em torno de 20% maior do que os R$ 85 bilhões estimados pelo Dieese que entrariam na economia em 2009 em consequência do 13º salário. A supervisora técnica da entidade, Eliana Elias, explica que esse crescimento do montante se deu em razão de aumentos reais (acima da inflação) de salários e também da expansão do mercado formal. No ano passado, foram gerados 1,4 milhão de postos de trabalho e, em 2010, só até setembro, já foram criados 2,2 milhões de empregos.

ADIANTAMENTOS
Há empresas que optam por adiantar a primeira parcela do 13º ao longo do ano, quando o funcionário tira férias ou por acordo coletivo. Além disso, os beneficiários do INSS também já receberam metade desse abono, em agosto.

Mesmo assim, calcula-se que a maior parte, cerca de 70% dos recursos, seja paga nos últimos dois meses do ano.

SÃO PAULO
Ainda de acordo com o estudo, a economia paulista deverá receber R$ 31,2 bilhões, até o fim de 2010, com a entrada do montante. O valor corresponde a 31% do total a ser injetado no País. O número de pessoas no Estado que terá direito ao benefício é estimado em 19,8 milhões.

Do total pago no Estado, R$ 17,47 bilhões vão para a Região Metropolitana - que abrange o Grande ABC -, segundo estimativa feita pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) com base nos números do Dieese. Serão 13,7% a mais em relação ao calculado para 2009 (R$ 15,37 bilhões).

Segundo o assessor econômico da Fecomercio-SP, Altamiro Carvalho, só a diferença (os R$ 2,1 bilhões) representa praticamente 20% do que deverá se movimentado pelo comércio na Grande São Paulo em dezembro (R$ 11 bilhões). Ele afirma ainda que esse benefício é consequência do aquecimento econômico do País, mas cita que os recursos são importantes, já que boa parte será destinada ao consumo ou para a quitação de dívidas.




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