Dos oito candidatos que estao competindo nessa eleiçao contra o presidente Fujimori, cinco sao opositores, mas nao conseguiram concretizar a candidatura de consenso, o que foi classificado pela imprensa e pelos analistas políticos como uma ``frustaçao em funçao de ambiçoes pessoais'.
Um dos grandes obstáculos que impediu a unidade foram as discrepâncias que existem dentro da oposiçao e da liderança, que começaram a ser notadas depois de 5 de abril de 1992, quando o presidente Alberto Fujimori deu o chamado ``autogolpe' de Estado fechando o Congresso e o Poder Judicial e instaurando um governo de emergência.
A partir desta data, os setores opositores se centraram em vários confrontos entre si, lançando dardos mútuos, enquanto o ``fujimorismo' se tornava cada vez mais sólido em torno do mandato do presidente.
A populaçao passou a observar surpreendida como políticos que chegaram ao parlamento em listas de grupos opositores renunciavam e passavam para as fileiras do oficialismo.
As tentativas de grupos independentes como o Foro Democrático, em 1998, em achar um consenso entre a oposiçao para arrecadar assinaturas e convocar um referendo que decidirá se Fujimori podia ou nao ser candidato ao terceiro mandato presidencial, encontraram indiferença em alguns líderes opositores que diziam querer cooperar nesse propósito.
Outra iniciativa destinada a realizar eleiçoes internas nos partidos de oposiçao para designar um candidato de unidade nao encontrou eco, pois nenhum dos candidatos que participam nos atuais comícios como adversários de Fujimori se inscreveu.
A poucos dias de encerrar o prazo de inscriçao de chapas presidenciais ante o Juri Nacional de Eleiçoes e quando era vox populi que Fujimori seria novamente candidato, foram realizadas reunioes entre os líderes Luis Castañeda, do Solidaridade Nacional, Alejandro Toledo, do ``Peru Posible', e Alberto Andrade por ``Somos Peru' a fim de concretizar uma fórmula conjunta.
Mas nao se conseguiu uma candidatura única porque cada um dos líderes achava que podia derrotar Fujimori nas eleiçoes de abril.
``Uma nova frustraçao para o povo', foi a manchete de um jornal da capital, que indicava que milhares de jovens e trabalhadores esperavam uma responsabilidade e maturidade maiores dos candidatos opositores.
Na reta final das eleiçoes, os cinco candidatos de oposiçao se reuniram até três vezes, chegando a alguns acordos como formar uma aliança se um deles for eleito presidente.
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