Com o apoio do Psol, ex-vereador de São Bernardo aguarda Supremo reverter condenação por ficha suja
Indicado pela direção do Psol para disputar a Prefeitura de São Bernardo, o ex-vereador Aldo Santos aguarda decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) para lançar a pré-candidatura. Ele briga para recuperar os direitos políticos, suspensos por cinco anos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em função de processo por uso indevido de carro oficial da Câmara.
Em julho de 2003, Aldo usou uma Kombi da Casa para transportar manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) durante ocupação a terreno da Volkswagen, no bairro Ferrazópolis.
Em abril de 2010, o TJ acatou recurso do Ministério Público, que considerou o ato como "desordem e abuso de reivindicação". Em agosto do mesmo ano, Aldo Santos foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e teve a candidatura a vice-governador impugnada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Para não contaminar a chapa, o Psol retirou o ex-parlamentar da disputa.
"É injusta essa condenação. Não se pode entrar no mérito da Ficha Limpa, pois esse debate está desmoralizado", avalia, ao lembrar o caso de Jader Barbalho (PMDB-PA), que tomou posse no Senado semana passada com aval do STF.
Enquanto aguarda decisão da Justiça, Aldo começa a trabalhar a construção de chapa de esquerda em São Bernardo, com PSTU e PCB. O socialista rechaça qualquer possibilidade de aliança com PT ou PSDB.
Segundo a presidente municipal do Psol, Maria Lourdes de Souza, embora o nome do ex-vereador seja consenso, o partido vai aguardar a convenção partidária para oficializar a candidatura. "Sabemos que ele é ficha limpa."
Ciente da dificuldade que terá para enfrentar as candidaturas das duas maiores forças políticas da cidade, Aldo Santos acredita na mobilização popular. "No Brasil o processo eleitoral não é debate de ideias e sim balcão de negócios. Mas vamos para rua". Candidato a prefeito em 2008, ele recebeu apenas 3.806 votos (menos de 1% dos válidos).
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