O 'todo poderoso' da Mclaren-Mercerdes, Ron Dennis, divulgou na noite de quarta-feira uma carta na qual defende sua escuderia das recentes acusações de espionagem e afirma, de forma categórica, que a arqui-rival Ferrari utilizou um carro irregular na vitória do finlandês Kimi Raikkonen no Grande Prêmio da Austrália – 1ª etapa do Mundial 2007 de Fórmula 1. Apesar da carta ter ganho caráter 'público', ela tinha como destinatário o presidente da ACI-CSAI (Automobile Club D'Italia - Comissione Sportiva Automobilistica Italiana), Luigi Macaluso.
Rivais nas pistas, recentemente McLaren-Mercedes e Ferrari ganharam as páginas dos noticiários policiais ao vir à tona um suposto caso de espionagem, no qual o time inglês teria tido acesso a um dossiê com informações secretas sobre o carro da Ferrari. O material teria sido repassado pelo hoje já ex-funcionário da equipe italiana Nigel Stepney ao seu 'colega' da McLaren Mike Coughlan.
A McLaren prestou esclarecimentos do fato na Conselho Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em Paris, na França, no último dia 26 de julho. A escuderia inglesa foi considerada culpa, mas acabou escapando de qualquer tipo de punição por parte dos 'chefões' da F-1, postura que causou a revolta dos ferraristas.
Confira a carta de Ron Dennis na íntegra:
"Caro sr. Macaluso,
ARTIGO 151c DO CÓDIGO ESPORTIVO INTERNACIONAL
Eu me refiro à sua carta datada de 30 de julho de 2007 para Mosley, da FIA, e à resposta de Mosley a você, datada de 31 de julho de 2007, ambas publicadas no site da FIA ontem, sem dar à McLaren qualquer oportunidade para comentar esta troca de cartas.
Em sua carta à FIA, você declara que "acha muito díficil justificar como um time não é punido enquanto foi acusado de violar o artigo 151c do Código Esportivo Internacional".
Como fica aparente em sua carta que você só ouviu a versão da Ferrari dos fatos, gostaria de registrar diretamente e explicar a você detalhadamente por que foi inteiramente justo a McLaren não ter sido punida e por que seria, de fato, também justo se a McLaren não tivesse sido culpada de violar o artigo 151c.
Desde que esta questão veio à tona, a McLaren se mostrou completamente aberta à Ferrari e à FIA e tem cooperado totalmente na investigação dos fatos.
Na audiência anterior ao Conselho Mundial, eu e membros do alto escalão da McLaren demos evidências e fomos contra-investigados pelo Conselho e pela Ferrari. Apresentamos ao Conselho e à Ferrari todos os registros documentários relevantes da McLaren por consideração. Todas estas evidências foram completamente avaliadas na audiência.
Nossa evidência deixa claro que os verdadeiros fatos desta questão são os seguintes:
"Alarme" em março de 2007
Em março de 2007, (Nigel) Stepney, da Ferrari, contatou (Mike) Coughlan e informou-lhe dois aspectos do carro da Ferrari que ele considerou violarem o regulamento da FIA. Espeficamente, ele contou ao Coughlan sobre um mecanismo conectado ao assoalho e um separador da asa traseira, ambos dos quais poderiam ser e foram vistos no carro da Ferrari antes do GP da Austrália.
Coughlan imediatamente falou à direção da McLaren sobre as alegações de Stepney. A McLaren deu passos para confirmar se as alegações eram verdadeiras, e concluímos que eram. Devidamente, reportamos estas questões à FIA, adotando a costumeira prática de pedir ao Departamento Técnico da FIA sua opinião.
Em relação ao separador da asa traseira, a FIA, na seqüência, estabeleceu que era complacente com o regulamento técnico. Contudo, a FIA estabeleceu que a ferramenta do assoalho era ilegal. Você vai avaliar a significância disso.
De modo que estávamos conscientes, a Ferrari andou com seus carros com tal ferramenta ilegal no GP da Austrália, vencido por ela. Pelo interesse do esporte, a McLaren escolheu não protestar o resultado do GP da Austrália, apesar de estar claro que a Ferrari tinha uma vantagem competitiva ilegal.
A Ferrari apenas retirou a ferramenta do assoalho depois que foi confirmado ser ilegal pela FIA. Não fosse Stepney ter chamado a atenção da McLaren para esta ferramenta ilegal, e a McLaren ter chamado a atenção da FIA, há razão total para se supor que a Ferrari teria continuado a correr com um carro ilegal.
À imprensa, a Ferrari descreveu a informação que Stepney forneceu a Couglhan em março de 2007 como sendo "informação confidencial" da Ferrari. Isso é completamente equivocado. Não há nada confidencial sobre o separador da asa traseira, que é visível imediatamente na parte de fora do carro.
Com relação à ferramenta do assoalho, Stepney revelou que a Ferrari estava se propondo a usar algo ilegal no GP da Austrália e, sem dúvida, pelo resto da temporada. Ele agiu apropriadamente e, em interesse do esporte, em 'acionar o alarme'. Nenhuma equipe pode esperar que seus funcionários fiquem quietos se eles suspeitam — corretamente, no caso — que seus empregadores estão violando as regras.
A Ferrari também reclamou à imprensa que a McLaren e eu, em particular, deveríamos ter avisado à Ferrari que foi Stepney quem nos alarmou de sua ferramenta ilegal. Também me criticaram por ter entrado em um acordo de cavalheiros em abril de 2007 sobre como conduzir as queixas técnicas sem revelar que foi Stepney quem fez as descobertas em março.
Por razões que devem ser óbvias a qualquer um que tenha cabeça, eu rejeito absolutamente estas críticas. Não acho correto relevar o nome do informante à Ferrari porque não é de interesse da F-1 que membros de times sintam que não podem revelar exemplos de atividades ilegais sem porem seus nomes em risco ao serem descobertos por seus empregadores. É interesse da F-1 que descobertas alarmantes sejam encorajadas e não desencorajadas. Se os membros da equipe acham que suas identidades serão reveladas, eles não vão revelar nada.
O que a McLaren realmente fez foi dar passos imediatamente depois de saber do contato entre Stepney e Couglhan em março de 2007 para garantir que Stepney e Coughlan terminariam com qualquer contato.
Já que não vimos nada de errado no alarme de Stepney sobre as atividades ilegais da Ferrari, achamos que não o ajudaria escolher Coughlan ser o revelador disso. Não nos sentimos confortáveis com um decepcionado Stepney estar em contato com Coughlan. Por esta razão, em março de 2007, imediatamente depois do GP da Austrália, Coughlan foi instruído por seu superior, (Jonathan) Neale, para acabar com os contatos com Stepney.
Em suma, confrontados com a informação de que a Ferrari se propunha a usar uma ferramenta ilegal, a McLaren agiu apropriadamente. De fato, agimos com considerável restrição. Se alguma crítica tem de ser feita, então sugiro que você deva refletir cuidadosamente a conduta da Ferrari, que parece ter vencido o GP da Austrália correndo com uma ferramenta ilegal.
Os "documentos da Ferrari"
Agora vou relatar os eventos que ocorreram posteriormente entre Stepney e Coughlan e, em particular, ao fornecimento de um "dossiê" dos documentos da Ferrari por Stepney a Coughlan em um encontro em Barcelona no sábado 28 de abril de 2007.
Como vou explicar, estes eventos são bem separados do alarme de Stepney em março de 2007 porque, durante este período, Coughlan estava agindo secretamente, violando seu contrato com a McLaren, e por seus propósitos pessoais, de forma concebível como parte de um esquema para deixar a McLaren e ir para outro time junto com Stepney.
O resultado do encontro de sábado 28 de abril de 2007 é que, no começo de abril, Coughlan contou a Neale que, apesar de seus melhores esforços de cortar contato, Stepney continuou a contatá-lo para expressar seu desgosto extremo com a Ferrari. Neale solicitou a instalação de um 'firewall' no sistema de computador da McLaren para impedir e-mails de Stepney.
Somado a isso, Coughlan disse a Neale que a única maneira que ele achava que pararia isso era se Coughlan falasse a Stepney pessoalmente e o dissesse para parar de tentar contatá-lo. Neale concordou que ele poderia fazer isso fora do horário de trabalho.
No sábado 28 de abril de 2007, Couglhan foi a Barcelona e encontrou Stepney. Só Coughlan e Stepney sabiam o que realmente aconteceu naquele encontro. Por a McLaren estar preocupada, contudo, quando Coughlan retornou ao trabalho, ele contou a Neale que seu encontro com Stepney tinha atingido seu objetivo e acreditava que Stepney não o procuraria mais novamente.
Depois disso, ninguém na McLaren ouviu qualquer coisa sobre contatos entre Stepney e Coughlan até 3 de julho de 2007. Todos na McLaren assumiram que a questão de Stepney contatar Coughlan para expressar seus desgostos tinha sido resolvida.
Em 3 de julho de 2007, a Ferrari executou uma busca à casa de Coughlan e encontrou dois CDs contendo documentos da Ferrari. Eu enfatizo que estes documentos foram encontrados na casa de Coughlan. Nenhum documento da Ferrari foi achado nos escritórios da McLaren.
Como é agora de domínio público, Coughlan admitu que Stepney deu a ele um dossiê dos documentos da Ferrari em Barcelona que ele usou por motivos pessoais, dizendo ser 'curiosidade de engenharia'.
Ele manteve estes documentos em sua casa, e com posterior ajuda de sua esposa, copiou-os em dois CDs em uma loja perto de sua casa antes de picar os originais usando um triturador doméstico e queimá-los no jardim dos fundos. Coughlan diz que não fez uso dos documentos no trabalho e que ninguém mais na McLaren sabia que ele tinha pego os documentos.
Desde que a Ferrari descobriu que Coughlan tinha seus documentos em casa, deram dimensões extraordinárias para tentar maximizar o dano à McLaren, sem dúvida na esperança de ganhar alguma vantagem no Mundial.
Em particular, a Ferrari alega, sem justificativa, que outro grupo da McLaren estava ciente do que Coughlan fez e que a McLaren fez uso dos documentos. A Ferrari não tem evidência, seja qual for, destas alegações ofensivas e falsas e não apresentou nenhuma evidência ao Conselho Mundial. O Conselho corretamente rejeitou tais alegações.
Sobre a alegação da Ferrari de que outro grupo da McLaren tinha ciência do que Coughlan fez, em seus comunicados à imprensa, a Ferrari tentou confundir o alarme de Stepney feito em março de 2007 (sobre o qual a McLaren realmente sabia) com os eventos acontecidos em e depois de 28 de abril de 2008 (que Coughlan manteve completamente em segredo).
Permita-me esclarecer: a McLaren sabia realmente sobre as informações de março de 2007 — de fato reportando-as à FIA. Entretanto, isso não tem nada a ver com o que Coughlan fez em e depois de 28 de abril de 2007. A gerência da McLaren e seu grupo não teve conhecimento algum, de qualquer maneira, sobe isso.
Somando-se a isso, a Ferrari tentou agarrar-se a dois exemplos em que Coughlan declarou que mostrou algumas páginas que diz serem dos documentos da Ferrari para outros dois membros da McLaren: (Rob) Taylor (outro engenheiro da McLaren que tinha previamente trabalhado com Coughlan quando estavam na Ferrari) e Neale (superior de Coughlan).
O Conselho investigou profundamente estes exemplos e concluiu corretamente que nem Taylor nem Neale tinham ciência de que as páginas mostradas a eles eram informações confidenciais da Ferrari, menos ainda de que eram parte de um dossiê de centenas de páginas que Coughlan recebeu secretamente e o manteve em sua casa.
Por Taylor estar interessado, Coughlan mostrou-o brevemente um simples diagrama. Taylor não tinha idéia se era um diagrama velho ou novo e não tinha idéia se veio de Stepney. Não foi dada cópia a ele e não foi feito uso desse diagrama. Ele não prestou atenção ao incidente.
Em relação a Neale, ele tinha um encontro informal em um restaurante em 25 de maio de 2007 para discutir um pedido que Coughlan tinha feito para uma liberação antecipada de seu contrato de trabalho com a McLaren.
Perto do fim do encontro, Coughlan começou a mostrar a Neale duas imagens, mas Neale disse que não tinha interesse em vê-las. Neale falou que estas imagens não pareciam ter qualquer conexão com a Ferrari ou com qualquer outro time. Quando perguntado na audiência sobre isso, Neale disse que, embora fosse apenas especulação de sua parte, achava que Coughlan iria se referir às imagens para procurar recursos para um modelo de equipamento digital.
Estes exemplos não alertam Taylor ou Neale de que Coughlan tinha posse dos documentos da Ferrari. Nenhum deles ou qualquer outro membro da McLaren tinha idéia do que Coughlan tinha feito.
Eu recuso, assim, as alegações da Ferrari de que a McLaren usou de alguma forma os documentos que Coughlan manteve secretamente em sua casa.
O próprio Coughlan é categórico ao dizer que não fez uso dos documentos da Ferrari no carro da McLaren. O trabalho de Coughlan refere-se à gerência da produção de desenho pelo grupo de design e sua apresentação anterior às dependências de produção. Ele não teve responsabilidade pelo aumento de performance do carro.
Esta função cabe aos engenheiros-chefes e ao time de recursos e desenvolvimento que se reportam ao diretor de engenharia, Patrick Lowe, que forneceu evidências detalhadas ao Conselho Mundial. Uma parte importante do trabalho de Coughlan era, contudo, monitorar os testes e a confiabilidade do carro ao longo do ano.
Somando-se a essa análise funcional, a McLaren conduziu uma pesquisa física e eletrônica (conduzida por Kroll) e um estudo de engenharia conduzido por Patrick Lowe para ver se qualquer documento da Ferrari esteve ou está na McLaren ou se algum uso de tais documentos foi realmente feito em relação ao carro da McLaren.
Esta investigação confirmou que nenhum dos documentos da Ferrari estavam na McLaren, contrário do que aconteceu na casa de Coughlan, e que não havia possibilidade de que qualquer informação naqueles documentos poderia ter sido usada em qualquer desenvolvimento do carro da McLaren.
Na audiência, a McLaren demonstrou claramente, para satisfação do Conselho Mundial, que nenhum uso, sob qualquer maneira, foi feito de qualquer parte dos documentos da Ferrari no carro da McLaren.
Assim, as alegações contínuas da Ferrari à imprensa de que a McLaren fez uso dos documentos da Ferrari são totalmente falsas.
Eu lido ultimamente com os motivos reais de Coughlan em pegar e manter os documentos da Ferrari. Embora a McLaren não possa saber com certeza quais foram os motivos de Couglhan (e Stepney), o que a McLaren sabe é que, dias depois ao 28 de abril, Stepney contatou a Honda (em 2 de maio) e começou um processo pelo qual Stepney e Coughlan juntos ofereceram seus serviços para ir para a Honda. A McLaren acredita que seja bem provável que Stepney forneceu os documentos da Ferrari a Coughlan como parte de um esquema conjunto para procurar emprego em outra equipe.
Estes são os fatos. Apesar de a McLaren não saber com certeza qual era o propósito de Stepney em passar os documentos da Ferrari a Coughlan e qual era o propósito de Coughlan ao recebê-los, a McLaren sabe com certeza que Coughlan agiu secretamente e que os documentos da Ferrari não foram usados no carro da McLaren, mas que Stepney e Coughlan estavam procurando deixar a Ferrari e a McLaren para ir a outro time.
É fato que Coughlan nunca passou os documentos da Ferrari para quem quer que seja na McLaren ou contou a alguém na McLaren que tinha estes documentos. É fato que ninguém na McLaren sabia que Coughlan tinha recebido qualquer documento de Stepney em 28 de abril. É fato que Coughlan foi aconselhado por Neale para parar com todos os contatos com Stepney logo depois do GP da Austrália.
Outras questões
Sua carta também sugere que o resultado poderia ter sido diferente se o Conselho tivesse dado à Ferrari oportunidades para ser ouvida além das que foram oferecidas. Eu novamente peço para que você olhe aos fatos reais, que são de que a Ferrari participou inteiramente na audiência antes do Conselho.
Primeiramente, a Ferrari submeteu um longo, apesar de groseiramente equivocado, memorando, com data de 16 de julho de 2007, junto com documentos que totalizavam 118 páginas.
A Ferrari não mandou o memorando à McLaren. O memorando circulou pelo Conselho no dia 20 de julho. A McLaren não o viu até dois dias antes da audiência e foi quando pudemos corrigir suas acusações grosseiramente erradas.
Neste ínterim, o equivocado memorando da Ferrari ou trechos dele parecem ter vazado à imprensa italiana, já que muitas reportagens da imprensa italiana ecoam elementos daquele memorando.
Somado a isso, à Ferrari, que estava representada por advogados, foram dadas várias oportunidades pelo presidente da FIA para fazer questões durante a audiência. (Jean) Todt testemunhou.
Estava claro que o presidente da FIA ofereceu à Ferrari toda a oportunidade de ser ouvida para garantir que todas as questões relevantes fossem ouvidas pelo Conselho Mundial. De fato, bem no fim dos procedimentos, a Ferrari interveio com um pedido para fazer comentários finais. O pedido da Ferrari foi permitido e seu advogado procedeu em seus comentários.
Portanto, simplesmente não entendo que base há para a queixa da Ferrari de que foi negada uma oportunidade para expor seu lado. Ela expôs seu lado tanto escrito quanto oralmente.
Respeitosamente peço que você e a ACI-CSAI observem os fatos principais desta questão de forma objetiva e justa em vez de ser influenciado por afirmações selecionadas e enganosas feitas com o objetivo de denegrir a McLaren.
A razão pela qual a McLaren não foi punida é que o Conselho Mundial concluiu corretamente que não deveria ser culpada pelas ações de Coughlan. Baseou suas decisões em argumentos sólidos e não em insinuações falsas. A reputação da McLaren foi injustamente manchada por reportagens incorretas da imprensa da Itália e afirmações grosseiramente enganosas da Ferrari.
Este é um Mundial fantástico, e seria uma tragédia se um dos melhores Mundiais em anos fosse sabotado pelos atos de um funcionário da Ferrari e outro da Ferrari, que agiram por seus próprios propósitos totalmente sem conexão com a Ferrari ou com a McLaren.
Acreditamos que os comunicados de imprensa da Ferrari, os vazamentos à imprensa italiana e os acontecimentos recentes têm denegrido a Fórmula 1 tanto quanto a McLaren. O Mundial deve ser disputado na pista, não na Corte ou na imprensa.
Nós vamos naturalmente apresentar nosso lado antes da Corte de Apelações da FIA, já que acreditamos piamente que a McLaren não fez nada de errado. Acreditamos que a justiça vai prevalecer e que a McLaren não vai ser punida.
Respeitosamente,
Ron Dennis"
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