Volume de postos criados deverá ser semelhante ao de 2011;
a estimativa é de departamento da Prefeitura de Santo André
Neste ano, as empresas instaladas na região devem gerar 30 mil empregos com carteira assinada, volume idêntico ao estimado para 2011 (os dados de registro em CLT, fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, só foram divulgados até novembro, por isso a perspectiva para o ano fechado).
A estimativa foi realizada pelo Departamento de Indicadores Sociais e Econômicos da Prefeitura de Santo André.
“Neste ano, ainda perceberemos certa acomodação na indústria, principalmente porque o setor possui altos estoques para desovar. A situação está assim há cerca de um ano e isso nos preocupa, pois levará um tempo até escoá-los”, analisa o diretor do Dise, Dalmir Ribeiro.
Ele ressalta que, para que isso ocorra, é preciso que o produto brasileiro ganhe competitividade frente ao importado, tanto em território nacional como no Exterior. Neste ponto, o câmbio hoje, por volta de R$ 1,80 está melhor do que quase todo o ano passado, quando permaneceu na casa dos R$ 1,60. Dessa forma, tanto o item importado entra mais caro no Brasil, favorecendo o nacional, como lá fora o brasileiro fica mais barato, fazendo frente aos de outras nacionalidades. “É preciso, também, que as medidas de contenção da entrada de produtos importados sejam rigorosamente cumpridas”, aponta Ribeiro.
Só assim a desova dos estoques será feita, e uma nova produção será convocada, o que demandará contratação de funcionários.
Outro fator nebuloso, do qual depende a melhora do mercado brasileiro, é a crise na Zona do Euro que, embora não afete significamente a economia do Brasil, terá seus impactos.
OTIMISMO - De modo geral, 2012 será melhor do que 2011, acredita Ribeiro. O otimismo para este ano se calca em alguns indicadores econômicos, como a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11% e em movimento de queda. “Esperamos que ela recue para 9% em 2012, pois então os bancos também vão acabar reduzindo os juros.” Com isso, o acesso ao crédito ficará mais fácil, pois seu custo será menor. Dessa forma, as empresas poderão investir mais em planos de expansão da produção, o que inclui a abertura de vagas.
A renda média do trabalhador do Grande ABC, segundo o levantamento do Dise, deve crescer 1%, passando de R$ 2.221 em 2011 para R$ 2.378 neste ano. O montante supera a média brasileira, que deve ficar em R$ 2.188. Isso ocorre por conta da maior concentração de indústrias na região, que pagam salários maiores.
A taxa de desemprego deverá permanecer em 8,5% da população economicamente ativa, assim como em 2011. O percentual é mais alto do que na média do Brasil, 6%, porque existem na região, proporcionalmente à população total, mais pessoas em busca de emprego.
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