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Chaves nunca sai de moda
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
02/05/2010 | 07:23
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Divulgação


Provavelmente, quando você nasceu, Chaves já era exibido no SBT há anos. E quando seus pais nasceram, o seriado já era sucesso no México, onde foi criado em 1970 por Roberto Gómez Bolaños (o próprio menino do barril). Mas por que será que depois de tanto tempo continua sendo uma ‘historinha bem gostosa de se ver'?

"O grande acerto de Bolaños foi reunir atores com diferentes características físicas e capacidades artísticas. Foi tudo feito com carinho", afirma Edgar Vivar, intérprete do Seu Barriga. "Além disso, tínhamos vontade de dar certo. Cada personagem é como um bolo; com o tempo, os atores acrescentam ingredientes até que fique no ponto", completa Carlos Villgrán, o Quico.

Vivar, 66 anos e 74 kg mais magro após cirurgia de redução de estômago, e Villagrán, também 66 e muito senso de humor, estiveram no Brasil (após dez anos sem se ver) para participar de alguns eventos, quando falaram sobre a série e agradeceram os fãs brasileiros. Assista o vídeo http://video.dgabc.com.br/Default.aspx?pagina=video&idVideo=639&e=d%2b&t=quico+e+seu+barriga+no+brasil e confira o papo:

Vocês tinham noção do sucesso da série no Brasil?
Edgar Vivar
: Apesar do tempo, da distância e do idioma, Chaves ainda tem muitos seguidores. Quatro gerações ainda dão risada com a gente. Seu Madruga (Ramón Valdés), Bruxa do 71 (Angeline Fernandez), Godinez (Horácio Bolaños) e Jaiminho (Raul Padilha) já não estão mais vivos, mas continuam divertindo as pessoas. E quando nós dois também não estivermos mais aqui, nossa imagem vai estar lá, na TV.

Você e Chaves continuam brigados (na época, Villagrán resolveu seguir carreira solo e Bolaños teria se magoado)?
Carlos Villagrán: Faz tempo que o grupo se separou e seguiu o próprio caminho, com novos trabalhos. Depois de 20 anos na Televisa do México, fui trabalhar na Venezuela. Agora não há relação nem para o bem nem para o mal.

Como eram as gravações?
Vivar
: Não havia improvisação. Tudo era ensaiado, caidas, golpes, gestos, diálogos. Os enquadramentos eram perfeitos. Nunca tinha uma frase que não fosse gravada. O episódio em que os anões da Branca de Neve cantam Tchuin Tchuin Tchun Clain demorou dias para ficar pronto. Não aguentava mais a barba do Feliz coçando.

Qual o episódio mais marcante?
Vivar
: Foram muitos. Gostei de gravar o de Acapulco porque ficamos num hotel maravilhoso. O do Festival da Boa Vizinhança também foi divertido. O último foi na escolinha.

O que fazem agora?
Vivar
: Trabalhei como médico e agora estou na Cidade do México de novo. Vou participar da novela Matrimônios (produzida por Bolaños).

Villagrán: Aposentei o Quico, por respeito, e estou escrevendo um livro sobre a série.

Daria certo uma série igual com novos atores?
Vivar
: Acredito que não. Apesar de não gostar muito de desenho animado, tem suas vantagem. Os personagens não envelhecem e representam também quem não está mais entre nós.

Dinossauros continuam em exibição
Assim como Chaves, outras séries que fizeram sucesso há décadas estão de volta. Afinal, retrô está em alta.

Arnold (segunda a sábado, às 13h15, no SBT) - Nos Estados Unidos de 1978 a 1986, foi transmitida em 2005 pela Nick e está no SBT desde 2009. Mostra a convivência do rico e viúvo Drummond e da filha Kimberly com os filhos da empregada Arnold, 8, e Willis, 12. Hoje Gary Coleman, o Arnold tem 42 anos e, por causa de uma doença, não cresceu. Nunca mais fez papel importante.

Confissões de Adolescente (sexta, às 18h, na TV Cultura) - Na Cultura entre 1994 e 1996, foi também exibida pela Band e Multishow. Em 2009, voltou à Cultura. Acompanha o cotidiano de quatro irmãs adolescentes, criadas pelo pai solteiro. O papel de Carol, uma das irmãs, foi interpretado por Deborah Secco, com 15 anos na época.

Alf (segunda a sexta, à 1h30, na Nick) - A história do ET peludo e narigudo foi transmitida na TV americana entre 1986 e 1990. Estreou no Brasil em 1987, na Globo. Era manipulado pelo ator Michu Meszaros.




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