Principais fontes de proteína na dieta, as carnes bovina e de frango tiveram alta nesta semana, segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) feita em seis das sete cidades do Grande ABC – com exceção de Rio Grande da Serra.

O preço médio do coxão mole, corte considerado como de primeira, teve alta de 1,02%, chegando a R$ 20,88 o quilo. Já o acém subiu 3,03% e alcançou R$ 14,98. O frango ficou 2,19% mais caro e é encontrado na região a R$ 5,14 o quilo, em média.

O coordenador da pesquisa, engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, explica que um dos motivos para o aumento no preço da carne bovina é o fato de essa mercadoria ser uma commodity, ou seja, ter cotação internacional e o valor fixado em dólar. Por esse motivo, o preço está sujeito às variações da moeda norte-americana, que, apesar de ter fechado ontem a R$ 3,02, terceira queda seguida, segue em patamar alto e vinha subindo nas últimas semanas.

“O frango vem na carona, pois, com o aumento da carne bovina, cresce a procura pelo frango, que é fonte alternativa de proteína. Assim, o preço acaba subindo também”, explica Benedetto.

O custo médio da cesta básica pesquisada pela Craisa – que inclui 34 itens de alimentação e de higiene pessoal – teve alta de 0,64% e chegou a R$ 486,99. As principais variações positivas foram da cebola (13,64%) e da banana (12,65%), que são encontradas, em média, a R$ 4,50 e R$ 2,76 o quilo, respectivamente.

Segundo Benedetto, a alta da cebola ocorre porque o produto está sendo importado da Argentina. Além do dólar alto, o custo do frete também impacta sobre o preço final. Em outras épocas do ano, a mercadoria vem do interior de São Paulo e da região Sul. Já a banana também sofre oscilação positiva no outono e inverno em razão das baixas temperaturas e da estiagem. O tomate teve queda de 3,63% e o quilo custa, em média, R$ 5,84.