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Estoril faz 60 anos sem comemorar

Parque de S.Bernardo tem poucas atrações em operação; teleférico, que deveria ter sido reaberto em abril, continua parado e não há alimentação

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/05/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O Parque Estoril, em São Bernardo, completa hoje 60 anos sem muito para celebrar. O espaço, que foi fundado em 1955 e é um dos maiores parques ecológicos do Grande ABC, possui diversos problemas de infraestrutura e poucas atrações em funcionamento.
Nas placas de sinalização, restam somente algumas opções para o visitante. Já não há mais fazendinha, arvorismo, escalada, tirolesa e orquidário. Entre elas, o zoológico resiste.

O tradicional teleférico, porém, uma das atrações principais e que proporciona bela visão do verde e da Represa Billings, não está em funcionamento desde acidente ocorrido em janeiro de 2014. Na ocasião, o brinquedo, que tem histórico de problemas técnicos, foi atingido por raios e seis pessoas esperaram pelas equipes de resgate por cerca de três horas. Ninguém ficou ferido. Apesar de não estar mais abandonado, como em reportagem publicada pelo Diário em janeiro, não há qualquer sinal de operação. Uma faixa diz que o brinquedo seria reaberto em abril, mês que terminou ontem.

ALIMENTAÇÃO

Logo na entrada do parque, os visitantes são informados de que não há nenhuma lanchonete funcionando. Isso porque as tendas foram prejudicadas por incêndio que aconteceu no dia 22.

Um dos quiosques pegou fogo durante a noite e foi totalmente destruído. “Não sobrou praticamente nada, mas o botijão de gás estava intacto. Acho que o que houve foi um curto na fiação, que é bem perto da lona e está antiga. A caixa de força estava estourada”, disse uma comerciante, que preferiu não se identificar.

As outras barracas estão impossibilitadas de abrir porque não há água nem energia elétrica. “Não tem como funcionar desse jeito. Ainda não deram nenhum parecer de quando será normalizado. Enquanto isso, a gente perde dinheiro”, afirmou outra proprietária.

Atualmente, os comerciantes estão em barracas de lona improvisadas, que deveriam ser utilizadas enquanto o novo local definitivo não fica pronto. A situação dura quatro anos e os antigos quiosques de madeira foram demolidos.

A Prefeitura tem um espaço recém-construído ao lado, que deve abrigar as lanchonetes. Porém, segundo as comerciantes, não há espaço para todos. “Não sabemos como vai ser a seleção e a prioridade. Ninguém diz quando vamos poder ir até lá, além de ser em um espaço apertado. Não sabemos o que fazer”, disse uma delas.

Questionada, a Prefeitura afirmou que o teleférico está em fase de testes e a previsão é que a atração volte a funcionar até o fim do primeiro semestre. Sobre os quiosques, a administração disse que ainda nesta semana serão iniciados trabalhos para restabelecer os serviços interrompidos.

Os questionamentos feitos sobre a nova estrutura e o espaço que não comporta todos os comerciantes não foram respondidos. Segundo a Prefeitura, até o fim do primeiro semestre será entregue a primeira fase das obras no parque, que prevê a construção de seis quiosques e o restaurante.

A equipe de reportagem perguntou sobre festa ou programação especial em comemoração ao aniversário, porém, não obteve resposta.  




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