Segundo a representante da Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, Cristina Bove, o caso dos moradores deve ser enfrentado e apurado para não haver impunidade. “Viemos ao ministério também para propor a discussão de uma política ampla que beneficie os moradores de rua”, explicou em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com Cristina, a principal reivindicação dos moradores de rua é a inclusão de suas informações no censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “A sociedade exige uma postura do morador de rua, por isso, é justo que ele seja contabilizado para fazer parte das estatísticas brasileiras”.

Para a socióloga e representante da Organização do Auxílio Fraterno, Maria Antonieta Vieira, realizar um censo entre moradores de rua é uma ação complicada, mas deve ser feita para que se possa fortalecer a participação desses cidadãos na sociedade. “Em alguns municípios, pesquisas semelhantes já foram feitas, precisamos agora ter dados nacionais”.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome comprometeu-se a realizar pesquisa qualitativa com moradores de rua e estabeleceu, durante a reunião, parceria com o Fórum da População de Rua para ampliar os programas na área.