"Nossa, que lindo!". Este foi o comentário que mais ouvimos durante os dias em que avaliamos o Mini Cooper JCW. A cada rua por onde se passe, são inúmeros os olhares, as expressões de admiração e o encantamento pelo compacto da marca inglesa, que há décadas arranca suspiros ao redor do mundo.
Sob o domínio da BMW, a Mini desembarcou oficialmente no Brasil há quase dois anos e meio e, a cada lançamento, consegue a façanha de agradar mais o consumidor - ou mesmo o mero admirador...
Aqui, a bola da vez é o Cooper JCW, que custa R$ 139.950, derivação esportiva do Cooper convencional, que desembarcou por aqui em junho de 2009 e traz sob o capô o nervoso motor 1.6 Turbo de 211 cv a 6.000 rpm - para comparação, o modelo de entrada, One, tem 98 cv.
Nele, a pegada é realmente para quem não deixa a emoção de lado. Se a família é grande, nem adianta cogitar a hipótese de comprar um desses - no banco traseiro, só mesmo as crianças podem se sentir confortáveis.
Mas se o intuito é impressionar aquela gata, este é o caminho. À primeira vista, o estilo boyzinho do carro impressiona. O teto (solar) é quadriculado, assim como os retrovisores externos. As rodas são negras - com 17 polegadas - e a assinatura final é dada pela dupla faixa sobre o capô do motor.
Da porta para dentro, ainda mais capricho, primeiramente pelas luzes azuis que transparecem detalhes do interior, como maçanetas internas e porta-objetos, quando cai a noite.
Mas nem só de charme vive um Mini. A funcionalidade também é gritante. A começar pela posição do banco. Alavancas ajudam, quase que instantaneamente, a encontrar a melhor posição. O volante, pequeno, tem ótima pegada e traz comandos integrados.
Até mesmo ligar o carro se torna um motivo de contemplação. A chave arredondada se encaixa na ignição. O botão Start & Stop toma as rédeas. Que ronco delicioso... Ou assustador, para os mais conservadores.
Como manda a tradição, para acompanhar o trabalho do motor, basta observar o conta-giros (bem acima do volante) e o enorme velocímetro, que fica no centro do painel. Uma crítica: o ponteiro merecia uma cor contrastante ao laranja exibido pelos números. Chega a confundir. Torna-se mais fácil acompanhar a velocidade pelo mostrador digital.
Os comandos do teto, faróis de neblina e dos vidros elétricos surpreendem quem nunca entrou num Mini. Parecem botões usados em aviões, ou em alguns utensílios domésticos antigos. Sensacional!
Na prática, o modelo não tem frescura. A direção é hidráulica, mas sem moleza. A transmissão (manual de seis marchas) tem relações extremamente precisas. Aqui a assistência em rampas é bastante eficaz. E para deixar morrer o carro, só mesmo se for muito braço.
As respostas são rápidas. Pisar no acelerador é garantia de retorno. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,5 segundos - 238 km/h de velocidade final. Isso tudo é mérito do bloco desenvolvido pela Mini e reformulado pela BMW, que tem torque de 26,5 mkgf entre 1.850 e 5.600 rpm. Para ouvir o trabalho do turbo, vale a pena baixar o som da música.
Grudado no asfalto - graças aos controles de estabilidade e de tração - o musculosinho não é muito de fazer sala para ninguém. Sua suspensão é bem rígida - um pouco incômoda no início, eu diria. Mas, com tanta exclusividade, quem liga para conforto? A bordo do Mini, até o trânsito vale a pena.
Por falar nisso, nas ruas, várias pessoas me seguiram ou reduziram a velocidade para ver quem estava dirigindo. Senti-me num aquário, mas preciso confessar que foi bem divertido fugir do padrão e andar de Mini por São Paulo.
Perfeito para celebridades
Angélica Nicoletti
Símbolo de status, personalidade e uma certa dose de exclusividade, o Mini Cooper é um carro que cai como uma luva para as celebridades. Praticamente um nasceu para o outro. Afinal, com o DNA inglês e design retrô, o veículo tem o poder de conferir ao usuário um certo ar de excentricidade temperada com sofisticação moderninha.
Não à toa, os fashion Adriane Galisteu e Rodrigo Faro, de uma lista exclusivissíma de proprietários famosos, têm o carro na garagem, de onde o tiram para fazer bonito ao chegar a eventos. E detalhe, mesmo que para isso tenham de encolher as pernas. Exemplo maior é a longilínea Ana Hickmann, cujas pernas medem 1,20 m.
De fato, o pequeno notável não passa despercebido e nem deixa o seu ocupante passar em branco. O esportivo da BMW é um recurso bem-vindo por marketeiros que desejam fazer com que seus clientes apareçam, afinal ele tem potencial para ser usado como recurso estratégico em situações nas quais privacidade, definitivamente, não é o caso.
Cantores, apresentadores de TV e atores, quando desejam circular com discrição, o fazem em utilitários grandalhões e insulfilmados. Já o artista que pilota um Mini, ainda mais os que permitem capotas abertas, sabe que não deve se surpreender se, ao parar em um semáforo, o passageiro do carro ao lado pedir um autógrafo,
Famosos mais informados sabem que tamanho não é documento para o Mini se durante o passeio surgir a necessidade de despistar algum fotógrafo indiscreto. Afinal, pode ser usado como fator surpresa, já que em pouco menos de sete segundos vai do zero a 100 km/h. É para deixar os paparazzi comendo poeira.
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