"Não é definitivo, mas as coisas parecem piores em direção à costa leste", disse Eric Blake, do CNH. "Me surpreenderia muito se esta tormenta voltasse para o mar", disse por sua vez o especialista em furacões Phil Klotzback, da Universidade do Estado de Colorado. "Provavelmente ele atingirá alguma parte da costa leste" dos Estados Unidos.

Os especialistas não concordam sobre o ponto em que o Isabel vai atingir a terra. As previsões vão do estado de Geórgia (Sul) até a região da Nova Inglaterra, ao norte de Nova York.

O furacão, que tem ventos de 260km/h e está na categoria 5 (máxima na escala Saffir-Simpson), manteve durante dias o rumo oeste pelo Oceano Atlântico e se encontrava às 6h de Brasília a 545 km ao norte de San Juan, Porto Rico. Deslocava-se a 20 km/h rumo oeste-noroeste.

Em seu último boletim, o CNH disse que o furacão deve manter o curso e a força nas próximas 24 horas e advertiu sobre "grandes ondas e condições de ressacas perigosas prováveis nas ilhas de Sotavento e Virgens, em Porto Rico e na República Dominicana durante os próximos dias". "Estas condições de ressacas perigosas também vão afetar partes da costa sudeste dos Estados Unidos durante os próximos dias", acrescentou o boletim.

Os furacões da categoria cinco podem causar enormes prejuízos. Mas o meteorologista Miles Lawrence, do CNH, considera provável que o Isabel perca força no caminho. "Primeiro, vai entrar em águas frias e depois, nunca vimos os furacões conservar toda essa força por tanto tempo", disse.