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Corinthians e Marcelinho: negociação desastrosa
11/07/2008 | 07:04
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O reencontro entre Corinthians e Marcelinho Carioca, no sábado, durante o jogo da equipe contra o Santo André pela Série B, será o primeiro em campo depois de o meia ter sido o pivô de uma das mais desastrosas negociações da história do clube e que ainda rende confrontos na Justiça - até o fim do mês deve resultar no despejo da ex-mulher do atleta Ana Cristina. O atual jogador do Santo André nega ter dívidas com o clube do Parque São Jorge.

O departamento jurídico corintiano conseguiu em meados de junho, na 74ª Vara do Trabalho, uma ação de desocupação do apartamento na Mooca, onde nesta sexta-feira vive a ex-mulher do jogador. O imóvel foi envolvido na negociação da dívida que o atleta tinha com o Corinthians, de R$ 12 milhões, em 2006. O acordo também resultou em seu retorno ao time, abençoado pelo então presidente Alberto Dualib.

Avaliado em R$ 1 milhão na época, o apartamento não foi passado ao nome do clube de imediato porque havia dívidas de condomínio e IPTU - que chegam a R$ 300 mil. Quatro meses antes do fim do novo contrato com o Corinthians, Marcelinho foi dispensado e decidiu recuar e não ceder o imóvel, alegando ser um bem familiar.

O imbróglio entre as partes ficou adormecido por um ano, até a nova diretoria assumir em 2007 e acionar a Justiça para reavê-lo.

"O oficial de Justiça já está com a documentação de desocupação. Acredito que no máximo em um mês o imóvel estará no nome do clube e desocupado", disse o advogado Cláudio Weinchenker, que defende o clube. A intenção, em princípio, é vender o apartamento para ajudar no pagamento de dívidas ou envolvê-lo diretamente em algum processo trabalhista.

"Eu desconheço essa informação (despejo da mulher do apartamento na Mooca). O acordo que eu fiz com o Corinthians na época não envolvia nada, nem imóvel nem dívida com outro atleta", afirmou Marcelinho.

Na época, o acordo com Marcelinho foi tratado como uma triangulação com o atacante Luizão, que cobrava do clube cerca de R$ 10 milhões, por ambos terem a mesma advogada, Gislaine Nunes. Um participante do negócio diz que isso foi divulgado para despistar a imprensa e os conselheiros. Na verdade, Dualib perdoou a dívida aceitando um imóvel de valor 12 vezes menor.

A contratação de Marcelinho, que jogou com a camisa 77 - a 7 era de Roger -- foi o primeiro entrevero entre Dualib e Kia Joorabchian, representante da parceira MSI e que era contra o acordo com Marcelinho. Houve uma compensação a Luizão, mas que não teve nada a ver com Marcelinho: em vez de R$ 10 milhões, que estavam bloqueados na Justiça, o Corinthians pagou R$ 5 milhões.




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