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A inóspita e bonita Puna
Daniel Trielli
Enviado a Argentina
05/06/2008 | 07:06
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Jujuy também tem uma região que, como Catamarca, é quase um deserto: a Puna, um dos terrenos mais inóspitos e, ao mesmo tempo, mais bonitos do Norte da Argentina. O clima seco e árido se mistura com a grande altitude (em média 3.300 metros acima do nível do mar, mas pode chegar a 4.170). Todo desconforto é compensado pelas paisagens.

O ponto máximo é a Salina Grande, um imenso deserto de puro sal, cuja formação precede a Cordilheira dos Andes. Acontece que quando a cadeia de montanhas se ergueu, um pedaço do Oceano Pacífico ficou preso entre ela e os Andes. O que resta desse pedaço de mar é a Salina e a Laguna de Guayatayoc, ao Norte.

Com o tempo, o sal se solidificou em um piso rígido. De lá, habitantes locais retiram o mineral, seja por extração de blocos inteiros ou pelo mais delicado colhimento com a ajuda de poças retangulares de água.

Com blocos de sal, os trabalhadores também fazem artesanatos, como pequenas estátuas de corujas e lhamas, mas também produzem bancos e estruturas completas. O grande projeto atual é uma casa, no centro da salina.

Os trabalhadores têm de viver em condições difíceis. São cobertos da cabeça aos pés, com gorros e luvas, o que diminui - mas não evita - rachaduras da pele em constante contato com o sal. Além disso, eles estão sempre usando óculos escuros por causa do forte e eterno reflexo do sol no chão branco - motivo pelo qual os turistas também têm de usar protetor solar.




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