O vice-embaixador sírio nos Estados Unidos, Imad Mustapha, rechaçou as acusações de que seu país esteja ajudando os integrantes do governo de Saddam Hussein, acolhendo terroristas ou produzindo armas de destruição em massa. Neste domingo, o presidente dos EUA, George W. Bush, acusou a Síria de esconder armas químicas e fez um novo alerta sobre a necessidade de "colaboração" com a coalizão anglo-americana.

"Tem existido uma campanha de má informação e desinformação sobre a Síria desde que começou a guerra. Esta é simplesmente uma série de acusações falsas", disse Mustapha em entrevista ao canal americano NBC.

Mustapha acusou os Estados Unidos de utilizarem a Síria para distrair a atenção do caos provocado no Iraque. Ele disse que Washington provocou os árabes ao escolher o general da reserva Jay Garner para conduzir a administração de pós-guerra no Iraque.

"Os Estados Unidos têm uma população de 270 milhões de pessoas. Mas a pessoa escolhida para conduzir o Iraque é estreitamente vinculada a Ariel Sharon (primeiro-ministro israelense) e elogia o que Israel está fazendo com os palestinos", assinalou.

"O que se passa com a sensibilidade para com os sentimentos do povo árabe? Não há ninguém aqui nos Estados Unidos que pense na sua dignidade?", perguntou Mustapha.