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Je suis Geni

Si hay gobierno, soy contra. Si no hay gobierno (e esta é a situação do País), soy contra. O caro leitor, seja governista ou oposicionista, pode começar a me jogar pedras (só isso, por favor)

Do Diário do Grande ABC
08/04/2015 | 07:00
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Si hay gobierno, soy contra. Si no hay gobierno (e esta é a situação do País), soy contra. O caro leitor, seja governista ou oposicionista, pode começar a me jogar pedras (só isso, por favor). Chapa branca, jamais, mesmo que seja vermelha. E coxinha, prefiro aquelas feitas em casa, crocantes e temperadinhas.

A grande manifestação contra o governo está às portas. OK: manifestação pacífica até Dilma disse que aceita. E o dia seguinte? Marchar por marchar, depois descansar? Ou a oposição está preparada para negociar mudanças substanciais no governo (e o governo para aceitá-las) ou não vai ocorrer nada de bom. Pode haver golpe. Mas será melhor ter Renan, Cunha ou Temer no vasto trono de Dilma? Golpe militar, como em 1964? E quem tem ascendência sobre a tropa?

A manifestação, que tem tudo para dar certo, é mais do que contra Dilma: é contra ‘tudo-isso-que-está-aí’. Contra o Congresso, que não para de gastar; contra o Judiciário, que enforca semana por causa de feriado; contra o governo, que não consegue tocar o bife sem errar na harmonia. E contra a oposição, que ainda não disse o que faria se estivesse no lugar do triste governo Dilma.

Nem pensar em ditadura. Não funcionou quando Castello, Cordeiro de Farias, Dutra e Eduardo Gomes davam as ordens, e virou barbárie. A saída é reconhecer que não dá mais; substituir os insultos pela busca de alternativas; e estudar grandes reformas – que podem incluir, a partir de 2018, o parlamentarismo, a melhor maneira de livrar-se de um governo que, ainda jovem, já está velho.

Boi voador não pode
Em 52 anos de imprensa, este colunista aprendeu que nada é mais possível do que o impossível. Já leu a notícia de que haviam cruzado um animal com um vegetal, o famoso boimate; já foi informado do enforcamento de Cristo; já ouviu a gravação de uma chantagem em que um cavalheiro pedia a outro que aceitasse uma quantia menor – e quem negou o desconto saiu livre, enquanto o outro, que pediu o abatimento, acabou preso como chantagista. Já lhe disseram que um ex-parlamentar, de 1,90 m de altura e mais de 100 quilos, algemado no banco traseiro de um Fusca entre dois policiais armados, dominou-os, dominou o policial armado que ocupava o banco da frente, fugiu correndo e escapou de todos os tiros, entrando no banco traseiro de outro Fusca e desaparecendo (aliás, está desaparecido até hoje). São histórias inacreditáveis. Mas cada dia traz sua novidade: não é que, nesta terça-feira, um peemedebista recusou uma teta das boas, um altíssimo cargo público, oferecido pela presidente da República?
Quando peemedebista recusa um ministério, todos os bois começam a voar.

Adivinhão
Pepe Vargas, do PT gaúcho, descobriu que só é ministro enquanto ninguém quiser seu cargo. Se Eliseu Padilha aceitasse o lugar, Pepe, o Breve estaria na rua.

Ele conhece
O ex-prefeito carioca César Maia, excelente analista de pesquisas, vê possibilidades de que o PSB conquiste a Prefeitura de São Paulo em 2016. O PSB ruma para a candidatura da ex-prefeita Marta Suplicy, que será ex-PT.

Pague sem chiar
O Ministério das Minas e Energia autorizou a importação de energia elétrica do Uruguai e da Argentina, para cobrir a produção insuficiente deste ano. A eletricidade importada custa o triplo da produzida nas hidrelétricas brasileiras. Responda rápido, caro leitor: já sabe quem é que vai pagar o aumento na conta? 




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