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Palocci ameaça deixar cargo caso irmão seja convocado
16/09/2005 | 00:06
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reagiu nesta quinta-feira com contrariedade à tentativa de convocar o irmão dele, o engenheiro Adhemar Palocci, atual diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios sobre o escândalo da Interbrazil. O engenheiro teria exercido tráfico de influência na escolha da seguradora Interbrazil, beneficiada com contratos de seguro de várias empresas do setor elétrico.

Sondado sobre um eventual depoimento do irmão, Antonio Palocci disse a dois deputados petistas que, se algum dos parentes dele fosse convocado, ele não teria alternativa se não deixar o posto no Ministério da Fazenda. Como alternativa à não-convocação de Adhemar Palocci, o ministro ofereceu-se para depor na CPI e explicar o suposto envolvimento de algum familiar com a Interbrazil. "Eu posso depor e explicar tudo. Se algum familiar meu tiver de depor, eu prefiro deixar o cargo", ameaçou.

Depois de derrotada no plenário pelo elástico placar de 14 votos a 5, a oposição continuou insistindo na convocação de Adhemar Palocci. Na quarta-feira, a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras) divulgou nota afirmando que os contratos mencionados foram assinados dois anos antes da posse de Adhemar Palocci na Eletronorte e que, portanto, ele não tem nenhuma responsabilidade em relação a eles.




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