A novela da desapropriação do Volkswagen Clube está bem próxima do fim. Falta apenas a Justiça determinar o valor da indenização que será pago pela Prefeitura e, dentro de 30 dias, o local entrará no cronograma oficial dos Jogos Abertos do Interior, cuja abertura será no dia 12 de setembro. A licitação para a reforma foi aberta no início de fevereiro e está em fase de conclusão. "Precisamos de 90 dias para adequar o espaço para as competições", disse o secretário de Esportes, José Fiorizi Piovezana. Na área, serão construídos um complexo aquático e uma pista de atletismo. Uma dívida de R$ 7 milhões levou o clube ser declarado de utilidade pública no final de agosto.
No entanto, as obras deverão ser muito mais abrangentes do que o planejado. No final de 2005, a diretoria demitiu os seguranças e o clube sofreu com a depredação. Portas, batentes, janelas, vidros, torneiras, chuveiros, estruturas metálicas e até o carpete da sala da presidência foram arrancados. "Levaram até as traves dos ginásios. O que sobraram foram escombros, não um equipamento esportivo", lamentou Fiorizi. Para que o estrago não fosse ainda maior, a Guarda Civil Municipal (GCM) efetuou dois boletins de ocorrência no 6º DP de São Bernardo e a Prefeitura pôde requerer a posse provisória na Justiça. "Pedimos a autorização para que a Guarda garantisse a expectativa de posse", afirmou o secretário de Assuntos Especiais, Ademir Ferro.
Na primeira denúncia, a GCM pegou cinco garotos furtando cabos elétricos. Depois, no dia 12 de fevereiro, os guardas flagraram um senhor tentando retirar uma estrutura metálica do ginásio principal. Segundo o boletim de ocorrência – número 408/2006 –, ele negou que estivesse agindo por determinação do presidente do clube, Osvaldo Caniato. A reportagem do Diário entrou em contato com o dirigente, que não quis falar sobre o assunto. "Não tenho nada a declarar", afirmou Caniato.
Sócios – Se a Justiça confirmar a desapropriação do Volks Clube, os associados terão perdido uma importante batalha. "Mas não a guerra", disse o funcionário público Eder Charles. "Vamos tentar destituir a atual diretoria. Desde a primeira reunião acertamos que não vamos requerer o dinheiro de volta. A meta é convocar novas eleições e reerguer o clube. Caso a Justiça dê a vitória para a atual diretoria, aí sim vamos lutar para sermos indenizados", completou.
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