Segundo o médico, o primeiro inquérito, que concluiu que o crime foi comum, não trouxe esclarecimentos, pois "interesses político-partidários" teriam determinado a linha de investigação. “Essa não é só a opinião da família, mas se fizerem uma pesquisa em Santo André vão constatar que a maior parte da população acha que não foi crime comum”, disse.
João Francisco afirmou ainda que a família acompanhará de perto as investigações e, por enquanto, não lida com a possibilidade de a conclusão de crime comum ser repetida. “Essa hipótese fica em segundo plano. O mais importante agora é verificar como as investigações vão seguir”.
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Santo André, o médico disse que, se convocado, participaria de uma acareação, mas somente em sessão aberta à imprensa.
João Francisco voltou a criticar os trabalhos da comissão, reafirmando que há uma explícita tendência para que seja descaracterizada a denúncia sobre o suposto esquema de extorsão contra empresários do setor de transportes, que, segundo ele, teria provocado a morte de seu irmão. Ele sustentou ao Ministério Público que Celso Daniel foi morto porque teria descoberto que o dinheiro arrecadado, que seria utilizado para financiar campanhas do PT, estava sendo utilizado para enriquecimento pessoal dos envolvidos.
Já o DHPP, que entregou à Justiça em abril a conclusão do inquérito sobre o crime, concluiu que o prefeito foi seqüestrado porque estava em um carro importado (Pajero), que chamou a atenção da quadrilha. Celso Daniel foi raptado em 18 de janeiro na zona Sul da capital paulista e encontrado morto em Juquitiba no dia 20.
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