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GM pretende voltar a vender caminhões
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/08/2010 | 07:01
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A General Motors vai analisar a possibilidade de voltar a vender caminhões no Brasil. Segundo o presidente da GM para a América do Sul, Jaime Ardila, a prioridade até 2012 serão os lançamentos de automóveis e comerciais leves que fazem parte do plano da empresa de investir R$ 5 bilhões no País nesse período, mas a partir de 2013, a montadora começará a estudar o retorno ao segmento. Isso provavelmente ocorrerá pela importação de modelos da região andina - onde, atualmente a companhia tem unidades fabris (na Colômbia, Equador e Venezuela) que montam CKD (veículos desmontados) trazidos do Japão.

A montadora tem parcerias com fabricantes japonesa (Isuzu) e da China (FAW e Wuling) e, em função de acordo entre o Mercosul e a Comunidade Andina, o imposto de importação de veículos adquiridos entre os dois blocos comerciais tem diminuído gradativamente e chegará em 2015 à alíquota de 15%. Com essa taxação menor - hoje está em 25% -, esses produtos passarão a ser competitivos no mercado nacional, avalia o executivo.

A empresa produziu caminhões no Brasil até o fim de 2000, quando decidiu se retirar do segmento no País. Para o executivo da GM, na época foi a decisão certa, mas a realidade dessa atividade mudou. Ele cita, além da perspectiva de tarifas menores, incentivos dados pelo governo federal e o aquecimento da demanda como atrativos.

RENOVAÇÃO
A nova presidente da GM do Brasil, a norte-americana Denise Johnson, que assumiu o cargo em 1º de julho, afirmou que seu compromisso é com a renovação do portfólio da montadora até 2012.

Primeira mulher a galgar essa posição no setor automobilístico no Brasil, Denise disse que chega em um bom momento - o grupo registrou lucro pelo segundo trimestre seguido - e sua missão é manter essa rota de crescimento, com a meta de executar com qualidade os novos produtos, levando em conta a lucratividade e as necessidades dos clientes.

Para ela, o fato de ter sido escolhida para esse cargo tem relação com essa renovação da linha Chevrolet. Há 21 anos na montadora, Denise é engenheira mecânica e ocupou vários cargos nas áreas de manufatura e planejamento da empresa nos Estados Unidos. Ela destacou ainda a importância de o Brasil ter um dos cinco centros tecnológicos da GM no mundo para o desenvolvimento de produtos - que fica em São Caetano -, que abre oportunidades fora do País.


Brasil ganha destaque na operação mundial da companhia
A GM recentemente criou a divisão América do Sul, o que demonstra a importância do Brasil no cenário mundial, segundo Jaime Ardila, ex-presidente da subsidiária brasileira e que ficou responsável pela atividade da montadora nessa região.

A separação no balanço - antes o continente era incluído na região LAAM (América Latina, África e Oriente Médio) - deverá ser formalizada a partir da divulgação de resultados do quarto trimestre.

Ardila destacou ainda outros fatores, que pesaram para a região ficar independente, como sua capacidade tecnológica e o crescimento da GM na América do Sul. Ele assinalou que todos o países dessa região tiveram lucro no acumulado de janeiro a julho e a montadora atingirá neste ano 1 milhão de unidades vendidas nesse mercado, dos quais 650 mil no País. (Leone Farias)




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