Entretanto, os médicos assinalaram que serão necessários testes clínicos sistemáticos para que esse tratamento seja validado em substituição à terapia combinada com Ribavirin e esteróides, utilizada nos hospitais de Hong Kong contra a Sars.
Gregory Cheng, professor da faculdade de Medicina da Universidade Chinesa de Hong Kong, disse que 20 enfermos com os quais havia fracassado o tratamento com Rivavirin foram tratados com plasma, enquanto se continuou administrando a outro grupo de vinte enfermos o tratamento com esteróides.
"A maioria dos pacientes tratados com plasma conseguiu sair do hospital depois de 21 dias de tratamento", informou o dr. Cheng, acrescentando que até o momento este tratamento não provocou efeitos colaterais.
Desde o aparecimento da epidemia de Sars, há sete semanas, morreram 193 dos 1.646 enfermos que receberam tratamento em Hong Kong. E o aumento da taxa de mortalidade da enfermidade nas últimas semanas provocou dúvidas em relação ao tratamento com Ribavirin, medicamento sumamente forte e que pode acarretar graves efeitos secundários, particularmente problemas hepáticos e cardíacos.
Cheng explicou que 70% dos enfermos tratados com plasma sanguíneo procedente de pacientes curados puderam deixar o hospital depois de 21 dias de tratamento, mas destacou que isto não constitui uma prova de sua eficácia, considerando que o "estudo é relativamente limitado" e que serão necessários testes clínicos complementares para que esse tratamento possa ser considerado como "de substituição".
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