O PT de São Bernado realiza na quinta-feira atividade de análise da conjuntura nacional com a militância. Estará presente o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT), que disputou o governo do Estado ano passado. A direção da legenda apresenta o evento como “importante para o fortalecimento de nosso partido”, pois tratará dos desafios do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT) e a defesa da Petrobras e da democracia. Mas a atividade pode ser caracterizada por grande teatro. Vamos aos fatos. Padilha não teve apoio total de lideranças petistas na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. O prefeito são-bernardense, Luiz Marinho (PT), se empenhou mesmo na reeleição de Dilma. Não é segredo para ninguém a intenção dele de ser governador. Por isso, o projeto de Padilha ficou em segundo plano. Agora, neste início de mandato, o deputado estadual João Paulo Rillo (PT) disse recentemente que Marinho trabalhou nos bastidores para que Enio Tatto (PT) fosse o primeiro secretário da mesa diretora na Assembleia Legislativa. O objetivo foi evitar oposição mais dura ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), o que aconteceria se Geraldo Cruz (PT) fosse o escolhido da sigla para a função. Essa atuação criou desconforto na cúpula petista paulista. Na prática, mais um ato nas costas de Padilha, que defendeu os interesses da sigla na cabeça da chapa. Mas, quinta-feira, em São Bernardo, receberá muitos tapinhas nas costas. Quiça, será ovacionado. Um bom palco para os atores da política atuarem.

Sem perfil
O vereador de São Bernardo Ramon Ramos (PDT) estava na briga para ser vice do indicado do PT para a eleição ao Paço, em 2016. O pedetista fazia esforço para tentar compor a chapa majoritária. Mas seu nome já foi descartado pela cúpula petista. O argumento é que o parlamentar não tem o perfil desejado pela legenda.

Eleições distintas
Eduardo Casonato, assessor do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), foi reeleito para mais dois anos de mandato como presidente da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional dos Radialistas. Disse ter reduzido a dívida da entidade e reformou a sede. Ele também comanda o PTN na cidade. E já prepara as bases para a eleição de 2016, em que o buraco é mais embaixo.

Relações exteriores<EM>
Celso Amorim, diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores (1993 a 1995 e 2003 a 2010) e da Defesa (2011 a 2015), vai ministrar aula magna na UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Bernardo, amanhã, às 19h. Vai falar sobre seu livro: Teerã, Ramalá e Doha, Desafios da Política Externa Ativa e Altiva.