Livro busca apresentar detalhes do nascimento do conjunto,
chegada ao estrelato e a tragédia da morte do ex-vocalista
Ter seu próprio grupo não era o bastante para os irmãos Malcolm e Angus Young. Eles queriam ser parte da maior banda do planeta. A trajetória da dupla e do restante de seus companheiros é o alvo de 'AC/DC - Rock'n'Roll ao Máximo: A História Definitiva da Maior Banda de Rock do Mundo' (Madras Editora, 448 páginas, R$ 62,90). A estrada para o inferno (e o céu) do AC/DC deixa os riffs poderosos das músicas para ganhar as livrarias.
O livro busca apresentar detalhes do nascimento do conjunto, a chegada aos estrelato, a tragédia com a morte do ex-vocalista e o anúncio do atual 'frontman', entre tantos temas que marcaram a carreira dos roqueiros. Todo o material foi escrito pelos jornalistas musicais Arnaud Durieux e Murray Engleheart, que sempre notaram haver algo de especial com os rapazes que gostam de tocar o mais alto possível.
Como diz o intertítulo, a ideia é que a publicação revele tudo o que há para se saber sobre a banda. As investigações dos repórteres contam com detalhes desde a vida pessoal do casal William e Margaret Young (pais dos músicos), passando pela trilha do filho George no grupo Easybeats e sua percepção de que os irmãos mais novos tinham um talento diferente, chegando até a carreira do cantor Bon Scott antes de se juntar ao AC/DC e a busca por forças de Malcolm e Angus de seguir com o grupo na década de 1980.
CURIOSIDADES
Como todo grupo de rock que se preze, os australianos têm boas histórias a serem reveladas. Ainda em busca de como deveriam soar, os irmãos Young buscaram inspiração ao acompanhar de perto shows de grandes nomes do gênero, casos de Rolling Stones, The Who, Deep Purple e Led Zeppelin. Entre suas influências há espaço para reverência a Chuck Berry, Muddy Waters e Jerry Lee Lewis.
Zeloso por seus filhos, William não admitia que os garotos apenas sonhassem em estourar nos palcos para começarem a ganhar dinheiro. Todos tinham de ter trabalhos comuns e deixar as atividades da banda em paralelo. O patriarca também acreditava que a união de Malcolm e Angus não duraria mais de uma semana até que explodisse.
Outro detalhe fica pelo fato de que o atual vocalista Brian Johnson disputou vaga para substituir o saudoso Dio à frente do Rainbow e que chamou a atenção de Bon com sua então banda Geordie em show em abril de 1972. Seu gosto por bebidas e a veia cômica britânica, além da voz potente, foram essenciais em sua convocação pelo AC/DC.
O projeto talvez seja mais voltado a fãs da banda, uma vez que o excesso de informações chega a deixá-lo massante em certos momentos. Os leitores não devem esperar somente relatos que envolvem sexo, drogas e rock'n'roll, mas irão se deparar com a trajetória de um grupo que não se importava com nada além de seu som.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.