Contrato pode ser rompido com construção de usina de incineração
A Prefeitura de Mauá lançou concorrência para contratar serviço de varrição de ruas, coleta de lixo e destinação final dos resíduos. O contrato prevê possibilidade de rompimento sem prejuízos financeiros em caso de viabilização do projeto de construção de uma usina de incineração de lixo vislumbrado pelo prefeito Donisete Braga (PT).
Atualmente a demanda é executada pela Lara Central de Tratamento de Resíduos Ltda, que detém aterro sanitário instalado no município, e recebe em torno de R$ 2,5 milhões ao mês pelos serviços. O secretário de Governo do Paço, Edílson de Paula (PT), afirmou que o certame está aberto, mas admitiu que “fica difícil alguém ganhar da Lara” por conta do “privilégio” de já ter o local de destinação dos resíduos instalado na cidade.
“O contrato, que poderá ser de até cinco anos, terá cláusula restritiva que, no momento oportuno, pode ser interrompido. Essa proposta da usina de incineração deve levar mais uns três anos para sair do papel”, explicou Edílson de Paula.
A construção do equipamento foi discutida pelas prefeituras de Santo André e Mauá de 2013 a agosto de 2014 e acabou rejeitada pelos andreenses por não abrigar toda a cadeia de trabalhadores envolvidos com reciclagem. O projeto foi formulado pela Odebrecht e seria instalado no território do Polo Petroquímico do Capuava, na divisa dos municípios, para gerar energia às refinarias ali instaladas. O custo estimado é de R$ 500 milhões para ser executado por meio de PPP (Parceria Público-Privada).
Mesmo com a negativa, Donisete mantém de pé a proposta. O petista argumenta que o modelo de incineração de lixo para gerar energia é a principal saída para a crise hídrica que afeta usinas hidrelétricas. “Vamos buscar o melhor modelo para nossa realidade”, assegurou.
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