Em S.Bernardo, vereadores contrários à gestão petista prometem requerer justificativa por multa de 40% da Sabesp à sede do Executivo
Vereadores da bancada de oposição em São Bernardo prometem centralizar esforços para que o prefeito Luiz Marinho (PT) explique publicamente o alto consumo de água registrado pela Prefeitura, entre janeiro e fevereiro, que ultrapassou em 10,1% a média de uso mensal, o que resultou em aplicação de multa pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em 40% no valor da água por desrespeitar contribuição com o plano de contenção da utilização do líquido. Reportagem do Diário de ontem revelou que, em janeiro, a administração petista utilizou 705 metros cúbicos de água no prédio do Paço e no Teatro Cacilda Becker, ambos localizados na Praça. E no mês seguinte, o consumo saltou para 774 metros. O total a pagar registrou acréscimo de 34,8%, saltando de R$ 14.187,62 para R$ 19.126,96.
“Acho que o poder público tem que dar exemplo aos munícipes. O exemplo do prefeito do PT é o que o PT faz, faça o que eu falo, mas não o que eu faço. Vamos protocolar requerimento para responder a razão do aumento do consumo. Quem vai pagar a multa é a população. Então é uma irresponsabilidade infelizmente e iremos fazer um requerimento de informação. Para que não se repita e não vire prática comum.”, enfatizou o oposicionista e presidente municipal do PPS, Julinho Fuzari.
Vereador pelo PSDB, Juarez Tudo Azul também foi enfático no ataque a Marinho, defendendo multa aplicada pela Sabesp. “Estamos em um momento de crise hídrica e as posturas mais adequadas precisam partir do poder público. Por isso, penso que deveria haver cobrança dupla à Prefeitura de São Bernardo e todas às administrações que infringem o plano. O Marinho precisa vir a público dar satisfação dessa irresponsabilidade”, pontuou.
Corroborando com os colegas de bancada, Pery Cartola (SD) acrescentou que o prefeito petista “faltou com respeito” à população. “Mostra que a atitude com o governo do Estado é politiqueira. É inadmissível que não dê exemplo à sociedade. Vou pedir a palavra na Câmara para comentar o assunto e vou aos órgãos competentes reguladores Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), a própria Sabesp, MP (Ministério Público) e o Meio Ambiente para que nos ajude a fiscalizar a própria Prefeitura. A oposição é minoria e não consegue autuar o Executivo”, considerou.
A Prefeitura de São Bernardo possui dívida de aproximadamente R$ 100 milhões com a estatal por boletos não quitados integralmente, correspondentes a diversos prédios públicos.
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