"Eu diria que a primeira reação é de certa alegria porque temos divulgado sempre números muito negativos", disse Francini. "A segunda (reação) é de relativizar isso. Uma parte expressiva do crescimento ocorrido em janeiro se deve ao fato de que o mês de dezembro foi anormalmente ruim", afirmou, em nota.

A expectativa de Francini é que a atividade industrial mantenha o desempenho fraco por conta do cenário macroeconômico desfavorável. "Não dá para nos basearmos neste resultado positivo para dizer que isto representa uma reversão da situação da indústria", destacou.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 2, pela Fiesp, apesar da alta na comparação com janeiro, o INA caiu 5,7% ante janeiro de 2014 e no acumulado dos 12 meses, na série sem ajuste sazonal, o indicador registra queda de 5,9%. Francini destaca que além do período de ajuste na economia, "a intensidade e duração da crise hídrica em São Paulo é uma grande dúvida" para o desempenho da indústria neste ano.

No campo das expectativas positivas, o diretor da Depecon cita a desvalorização do real como ajuda para as empresas exportadoras. "A desvalorização do real impulsiona, evidentemente, a atividade exportadora e também dá mais competitividade à produção doméstica versus o produto importado. Isso é uma coisa positiva dentro do quadro recente", concluiu.