Economia Titulo Emprego
Região perde 2.580 postos com carteira em janeiro

Um ano atrás, cenário estava pior, com 200 cortes a mais; indústria abriu 242 vagas

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/02/2015 | 07:16
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Nario Barbosa/DGABC


As empresas do Grande ABC eliminaram 2.580 empregos com carteira assinada em janeiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. O saldo (diferença entre contratações e demissões) negativo ficou um pouco menor do que o observado no primeiro mês de 2014: quando foram cortadas 2.780 (diferença de 200 postos de trabalho).

As demissões se concentraram, principalmente, no comércio, onde foram fechadas 1.930 vagas no mês passado – em grande parte pelo encerramento de contratos temporários do fim do ano. Atividades de serviços e a construção também reduziram empregos: respectivamente, 564 e 282. Ao mesmo tempo, o setor industrial abriu 242 vagas.

O Caged é alimentado pelas empresas que registram em carteira seus funcionários e, obrigatoriamente, têm de repassar mensalmente informações sobre contratações e demissões ao ministério.

A geração de postos nas fabricantes está em linha com outro levantamento realizado pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), com base em dados das associadas dessa entidade, que mostrava expansão de 450 empregos no setor produtivo do Grande ABC em janeiro.

Para os representantes do setor empresarial, o saldo positivo no ramo industrial é um alento, mas parece algo pontual e não muda a preocupação em relação ao futuro dos negócios ao longo do ano. Segundo o vice-diretor da regional do Ciesp de Diadema, Anuar Dequech Júnior, muitas pequenas empresas quebraram ao longo de 2014 e, por isso, eventualmente, as que sobreviveram à crise podem ter se beneficiado, em setores específicos, com a alta da demanda.

O diretor titular da regional do Ciesp de Diadema, Donizete Duarte da Silva, considera ainda outros dois fatores, um deles negativo: as companhias estão descapitalizadas e demissão exige ter dinheiro para pagar as verbas rescisórias. E outro, positivo: empresas que exportam podem estar se preparando para ampliar as vendas ao comércio ao Exterior, já que as condições de negócios internacionais melhoraram, por causa do câmbio na faixa de R$ 2,80 (ontem, a cotação encerrou o dia a R$ 2,87), e também da recuperação do mercado norte-americano, que não consome só commodities (produtos básicos, como minério e soja), mas também produtos industrializados.
 




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