Richthofen, que era diretor da Dersa, não aceitava o namoro da filha, pois Daniel não trabalhava nem estudava – ele se dizia autônomo. Suzane cursava o 1º ano de Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) de São Paulo. Segundo Valter Minir, amigo da família, o engenheiro havia comentado que sua filha terminaria o relacionamento. “Ele acreditava que o rapaz não era próprio para a menina e que a menina não era própria para ele”, afirmou Minir, em entrevista ao SPTV, da TV Globo.
Vítima de um seqüestro-relâmpago recentemente, o engenheiro planejava se mudar para a Alemanha, seu país de origem, de acordo com o jornal. A preocupação com a violência o levou a comprar chaves especiais importadas da Europa, que, segundo ele, impossibilitariam cópias.
Suzane confessou o crime nesta sexta-feira. Segundo ela, Daniel e o irmão dele, Christian Cravinhos de Paula e Silva, 26, entraram na casa na madrugada do dia 31 e assassinaram seus pais a pauladas, que dormiam, enquanto ela aguardava na garagem da residência. A estudante disse que planejou o crime há dois meses, porque seus pais eram contra o namoro e conservadores.
Ela eximiu o irmão da jovem, Andreas Albert, 15, de qualquer participação no planejamento ou execução do crime. Ele foi levado pela irmã a um cyber café naquela madrugada. Na primeira versão, Suzane tinha dito que estava em um motel.
A polícia desvendou o crime depois de descobrir que um amigo de Christian comprou uma moto Suzuki 1.100 cilindradas um dia depois do assassinato no valor de US$ 3,6 mil, tudo pago em notas de US$ 100. Segundo o boletim de ocorrência, no dia do crime foram roubados R$ 5 mil e US$ 8 mil, justamente em notas de US$ 100.
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