Os alimentos mais utilizados na ceia de Natal apresentam diferença nos preços que chegam a 67,46% no Grande ABC, segundo levantamento realizado quarta-feira e terça-feira pelo Diário. A variação entre produtos de mesma marca e peso é tão elevada que, se quiser economizar, o consumidor deve pesquisar muito antes de comprar, aconselha o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
A reportagem selecionou 12 dos alimentos mais consumidos no Natal. Os preços foram pesquisados nas principais redes de supermercados da região: Coop, Pão de Açúcar, Dia% e Carrefour, de Santo André; Extra e Sonda, de São Bernardo; e Compre Bem e Joanin, de São Caetano.
Em razão de as redes não praticarem as mesmas condições em todas as unidades, pode haver diferença nos preços em outras lojas do mesmo supermercado. A escolha das marcas dos produtos se baseou em pesquisa do ano passado da Fundação Procon, sobre a diferença nos preços dos alimentos mais consumidos no Natal.
A maior variação de preço, comparando o menor valor do produto com o maior, foi encontrada na lata de 450g do pêssego em calda da marca Olé: 67,46%. O pacote de 250 g de ameixa preta sem caroço e o pote de 300g de frutas cristalizadas, ambas da marca Mr. Valley, também apresentaram diferenças elevadas, de 56,85% e 45,76%, respectivamente.
Entre as carnes, o quilo do bacalhau do Porto apresentou variação de 35,26% – o que significa a maior diferença em valor: R$ 13,01. O minitender da marca Sadia, com diferença de até 33,45%, registrou a segunda maior variação real, de R$ 8,85.
Dicas – De acordo com a Fundação Procon, apesar de alguns produtos não apresentarem variação tão expressiva, o consumidor deve ficar atento à soma final da compra, que pode ser bem superior em alguns estabelecimentos. “Por isso a pesquisa de preços é fundamental em qualquer situação. Nessa época do ano, os supermercados oferecem muitos encantamentos. O ideal é ter uma lista específica de produtos”, disse a diretora de Estatíticas e Pesquisas do Procon, Maria Tereza Mormillo.
Nos casos de produtos como nozes, castanhas ou frutas secas, a diretora do Procon orienta o consumidor a avaliar qual quantidade será necessária. Segundo ela, esses produtos estragam com mais facilidade e, para evitar “jogar dinheiro fora”, a compra pode ser feita em porções menores. “Cabe ao consumidor definir o quanto precisará, porque são itens para consumo imediato. Caso precise de uma pequena quantidade, é aconselhável que compre a granel.”
O Procon informou que o consumidor deve estar alerta em relação às caracteríticas do produto. Se o item for perecível, principalmente no caso de carnes, é indicado avaliar se o produto tem carimbo do SIF (Serviço de Inspeção Federal) ou do SISP (Serviço de Inspeção de São Paulo), que garantem a qualidade do alimento. Além disso, a verificação da data de validade também é essencial.
Para poder reclamar no caso de se sentir lesado, de acordo com o Procon, é importante a solicitação de nota fiscal. “A nota é a certidão de nascimento da relação de consumo. Somente com ela, o consumidor pode exigir seus direitos.” O telefone do Procon para dúvidas ou reclamações é o 151.
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