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Vereadores tentam manobra para contratar 10 assessores
Juliana Finardi
Do Diário do Grande ABC
03/02/2001 | 00:34
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Os vereadores de São Bernardo vão tentar driblar a determinação da Justiça de contratar quatro assessores por gabinete. A manobra ainda está sendo planejada, mas há informações de que os parlamentares estejam articulando para conseguir a contratação de pelo menos dez funcionários sem desrespeitar a lei.

Uma reunião no gabinete do presidente José Walter Tavares (PL), que acontece na próxima terça-feira com a presença de todos os vereadores, deve ser o ponto de partida para as discussões sobre o assunto. Há quem diga que a intenção de alguns parlamentares é modificar a lei existente – que permite a contratação de até 21 assessores – para adequá-la a um meio termo entre o que o promotor da Cidadania Fernando Belaz sugere e o que os vereadores entendem ser o número necessário.

Mesmo assim, até que a Justiça não resolva o caso, alguns vereadores preferem não contratar nem os quatro permitidos pela liminar. A assessoria jurídica e o departamento pessoal do Legislativo ainda não chegaram a um consenso sobre o que deve ser feito. Enquanto a primeira defende a exoneração dos funcionários antes de contratar os novos, o segundo afirma que as contratações poderiam ser feitas normalmente só com o afastamento do total de 288 assessores.

O vereador Aldo dos Santos (PT), resolveu acatar a decisão da bancada petista na Câmara e contratar os quatro funcionários. O processo de nomeação, porém, está emperrado em virtude da indecisão dos departamentos responsáveis pelas contratações da Casa.

Atitude – O vereador novato Orlando Morando (PSB) disse que o impasse está prejudicando o início dos trabalhos parlamentares. “Eu mesmo estou redigindo meus ofícios e indicações. O trabalho, principalmente para os novos que estão começando agora, está totalmente prejudicado.”

Morando afirmou que vai continuar a trabalhar da mesma forma, com assessores voluntários, até que a Justiça decida o caso. “Estou atendendo de maneira precária. Mas os vereadores vão se reunir e cabe-nos a função de buscar uma alternativa dentro do meio legislativo”, disse o vereador, que não quis exemplificar qual seria essa alternativa.

Nesta semana, os vereadores governistas, o prefeito Maurício Soares (PPS), o vice William Dib (PSB) e o assessor especial Ademir Silvestre reuniram-se no sítio do vereador Gilberto Giba Marson (PV), no Riacho Grande, para discutir o posicionamento da bancada no caso do afastamento dos assessores.

Uma nova reunião secreta foi marcada para que se decida o encaminhamento da questão nos gabinetes dos governistas. A intenção é a de resolver o imbróglio antes da realização da primeira sessão ordinária do ano, na próxima quarta-feira. Na segunda-feira haverá sessão extra.




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