Com a intenção de impedir que os parlamentares reajustem seus salários em quase 91%, como foi definido na última semana, o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), vai propor nesta segunda-feira uma nova reunião entre as Mesas do Senado e da Câmara.
Fontana, que foi contrário ao reajuste exorbitante que provocou reação negativa diante da opinião pública, é favorável à proposta que eleva os vencimentos dos deputados em senadores em 28,4% - de acordo com o índice de inflação dos últimos quatro anos.
Caso a sugestão de um novo debate entre as Mesas, é possível que a briga para impedir o reajuste acabe na Justiça. Alguns parlamentares já se movimentam para ingressarem no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para impedir o abuso.
Na última quinta-feira, os deputados e senadores, em uma decisão autônoma, elevaram em 90,7% seus vencimentos, passando de aproximadamente R$ 12 mil para R$ 24,5 mil – teto do Judiciário. Deputados aposentados e até mesmo cassados, como Roberto Jefferson (PTB-RJ), também seriam beneficiados.
Os presidentes da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declararam após a decisão que o dinheiro para o reajuste sairá do corte de gastos internos. No entanto, os parlamentares decidiram por não reduzir os gastos com gabinetes, viagens, auxílio moradia e outras regalias que lhes são concedidas.
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