Na tentativa de resgatar a Prefeitura de Ribeirão Pires, o PT cogita alçar o nome do único representante do partido na Câmara, Renato Foresto, à chapa majoritária na eleição de 2016 pela disputa sucessória de Saulo Benevides (PMDB), governo hoje mal avaliado na cidade. A legenda está fora do poder do Paço há dez anos, período em que a ex-prefeita Maria Inês Soares (1997-2004) deixou a gestão. Desde então, sucessivas derrotas no pleito municipal. A última em 2012, inclusive, com a ex-chefe do Executivo no páreo, denotando a queda de prestígio da sigla.

Em 2013, logo no primeiro ano de mandato, Foresto deu declaração de que o PT necessitava entrar forte na concorrência pela Prefeitura e uma saída era fortalecer a chapa de vereadores, focando no aumento de cadeiras da bancada, além de demonstrar postura de oposição no Legislativo. Voz contrária ao governo peemedebista na Casa, ele, que quebrou hiato petista de quatro anos sem posto na Câmara, importou desde então o modelo adotado por correligionários em administrações ao utilizar a marca do OP (Orçamento Participativo) no trabalho parlamentar.

Com a eleição solitária, Foresto se tornou a grande aposta do petismo local, especialmente depois dos reveses de políticos renomados do partido. Em 2004, o ex-vice-prefeito Jair Diniz, morto em 2013, ficou em terceiro lugar ao obter 12,1 mil votos (20%), saindo derrotado para Clóvis Volpi (PTB). Ex-verde, o petebista superou na eleição seguinte o petista Mário Nunes, que alcançou 8.072 sufrágios (13%). Em 2012, Maria Inês foi lembrada por 15,5 mil eleitores (36%).